E os sonhadores de sonhos,
Passeando pelos pontões solitários,
E descansando à beira de ribeiros desolados;
Perdedores que abandonaram o mundo,
Iluminados pela luz pálida do luar
E, contudo, neste mundo para sempre,
Tudo nas nossas mãos parece estar.
De maravilhosas e imortais canções
Construímos as nossas cidades,
E de uma fabulosa história
Criamos a glória de um império:
Um homem com um sonho
Investirá para conquistar uma coroa;
E três com uma melodia distinta
Podem esmagar um império.
Nós no tempo adormecidos,
No passado enterrado da terra,
Erguemos Ninive dos nossos suspiros,
E do nosso júbilo a própria Babel.
E com as nossas profecias de um valoroso mundo novo
O velho derrubámos;
Pois cada era é um sonho que morre,
Ou outro prestes a nascer.»
Arthur O'Shaughnessy
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