quinta-feira, 31 de julho de 2014

TAG: Café com sabor a livros


Café Expresso: o livro que estás a ler neste momento.
A Fórmula de Deus de José Rodrigues dos Santos.

Capuccino: um livro romântico sem ser "mimimi".
Não sei bem se se poderá dizer que este livro seja 'mimimi' porque Nicholas Sparks tem fama de ser bastante lamechas, por assim dizer, mas mesmo assim vou dizer Um refúgio para a vida de Nicholas Sparks. Apesar do romance, existem partes menos delicadas em que há violência à mistura. Conta?

Frapuccino: o livro ideal a ser lido no Verão.
Uma villa em Itália de Elizabeth Edmondson, definitivamente!
Café Curto: um livro que leste e achaste muito forte.
Sem dúvida o livro Se isto é um homem de Primo Levi. É um retrato das condições humanas vividas em Auschwitz no período da segunda guerra mundial, ainda para mais contada por quem viveu isso na pele. Aconselho!

Café Longo: um livro infantil que gostaste muito.
Não sei se este livro é considerado infantil mas mais infanto-juvenil... A Lua de Joana, sem dúvida alguma!

Café Latte: o livro ideal para aquecer o teu inverno.
Para esta categoria vou escolher o livro Tua para sempre, as cartas da nossa vida de Luanne Rice e Joseph Monninger porque é um livro que nos aquece o coração. É um livro todo ele escrito em cartas trocadas por um casal que perdeu o seu filho e que tentam, também eles, reacender a chama enquanto casal. É um óptimo livro para o Inverno!

Café Macchiato: um livro que te deixou apaixonada pelo protagonista.
Se já no filme me tinha apaixonado por ele, então depois de ler o livro fiquei ainda mais rendida. Esta é fácil e passo a explicar; Talvez por ser um rapaz comum, como todos nós, talvez por ser mais ou menos da minha idade, talvez pela coragem, persistência, força, e tudo o mais que teve... Christopher McCandless do livro e filme Into the Wild é sem dúvida um ídolo para mim, se se poderá chamar assim. Fiquei logo apaixonada pela sua paixão pela vida, pela sua força de vontade, pela sua repulsa pela sociedade, por tudo e mais alguma coisa!

Café Mocha: o livro ideal para ler antes de dormir.
Vou dizer Walden, não por ser o meu livro favorito!!! mas porque é um livro cheio de ensinamentos e que deve ser lido em qualquer altura do dia, especialmente à noite pelo facto de despirmos o dia que passou e entrarmos no novo dia limpos de consciência e com a alma renovada.

Café Coado: um livro que combina com todos os momentos.
Posso repetir a resposta anterior???

Bem, parece-me que ando viciada em TAGs, espero que não se importem... E já sabem, se quiserem deixar comentários sintam-se à vontade. Até à próxima!

terça-feira, 29 de julho de 2014

Página-a-página #151

«Porque se trata de um conceito antropomórfico, uma fantasia criada pelo homem para tentar influenciar o seu destino e buscar consolo nas horas difíceis. Como nós não podemos interferir com a natureza, criámos esta ideia de que ela é gerida por um Deus benevolente e paternalista que nos ouve e que nos guia. É uma ideia muito reconfortante, não lhe parece? Criámos a ilusão de que, se rezarmos muito, conseguimos que Ele controle a natureza e satisfaça os nossos desejos, assim por artes mágicas. Quando as coisas correm mal, e como não compreendemos que Deus tão benevolente o tenha permitido, dizemos que isso deve obedecer a um qualquer desígnio misterioso e ficamos assim mais confortados. Ora, isso não faz sentido, não lhe parece?»
A fórmula de Deus
José Rodrigues dos Santos

Carta aos meus Avós



A partir da crónica "Carta a Josefa, minha avó" de José Saramago, este video é uma criação de André Raposo. Vale a pena os 5 minutinhos! 

domingo, 27 de julho de 2014

Página-a-página #150


«Mas, como acho que já vos escrevi, a minha viagem, aliás, qualquer viagem, é sempre feita de incompletude. Tal como a vida. Só que, e foi isso que senti de forma tão intensa a meio da ponte de Brooklyn, a incompletude, a saudade, a imperfeição são a única forma de não colocarmos um tecto à felicidade, de permitir que, não importa quão vasto o nosso horizonte, não importa quão grande o nosso triunfo, haja sempre mais para ver, mais para conseguir. Se calhar é por isso que a Terra é redonda; para impedir que, mesmo  contemplada da Lua, seja vista toda de uma vez.
Não podendo estar em todo o lado ao mesmo tempo e junto de todos com quero estar, aprendo a saber estar no aqui e agora. O truque é ter dentro de mim todos os lugares e pessoas. Hoje, sinto que resulta. E estando em Nova Iorque estou também em Berlim, Lisboa, Islamabad, nos Açores. E escrevendo isto sozinho, escrevo-o também na vossa companhia, e na companhia dos meus amigos e dos meus antigos amores.
Agora tenho de ir. Aqui há prédios com aldeias inteiras lá dentro, bairros que são verdadeiras cidades e pessoas com mundos dentro. E lá vou eu, queridos pais, pôr-me a andar, gastar as solas, ganhar horizontes, alimentar a alma.»
À espera de Moby Dick
Nuno Amado

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Uma boa história nunca acaba #92


Garden State (2004). Comédia. Drama. Romance. Confesso que não sei o que dizer. Esqueçam todos os romances que já viram até agora, esqueçam os filmes trágicos, os filmes lamechas, isto é uma outra coisa qualquer. É um filme estranho do inicio ao fim mas a partir do meio para o fim começa a parecer-se com um romance... Faço sentido? Receio que não... Não sei mesmo o que dizer! Vejam se quiseres ou então não porque sinceramente não sei dizer se irão perder um grande filme ou desperdiçar uma hora e quarenta das vossas vidas...  E é isto. Ou outra coisa qualquer...

quarta-feira, 23 de julho de 2014


«A viagem é fatal para o preconceito, a intolerância e a estreiteza de espírito, e muitos dos nossos precisam urgentemente dela por causa dessas coisas. Visões largas, sadias e benevolentes de homens e coisas não se podem adquirir vegetando toda a vida num cantinho da Terra.»
 Innocents Abroad (1869)
Mark Twain

segunda-feira, 21 de julho de 2014

8 portugueses em viagem


Saudações a todos! Hoje venho inaugurar uma nova etiqueta do blog chamada crónicas. Nela pretendo escrever aquilo que me apetecer sobre um tema em especifico ou apenas divagar sobre assuntos que me atormentem ou simplesmente contar coisas que me fizeram tropeçar na vida. Pretendo ilustrar as crónicas com fotografias da minha autoria, sendo que nem todas as crónicas terão obrigatoriamente de ser ilustradas. Hoje venho-vos falar sobre dois temas que me fascinam: viagens e livros. Estava eu a folhear o livro de Gonçalo Cadilhe, que comprei por impulso, intitulado O mundo é fácil e nas últimas páginas são mencionados sete escritores portugueses que escrevem sobre viagens e os seus respectivos livros. Então vocês perguntam 'mas no título diz oito...' ao que eu esclareço que o oitavo é o próprio Gonçalo Cadilhe! Penso que ele não se iria auto-mencionar pelo que me cabe a mim fazê-lo. Mas vamos lá ao que interessa... São mencionados os seguintes livros:
  • "Sul" de Miguel Sousa Tavares
  • "Caderno afegão" de Alexandra Lucas Coelho
  • "Fronteiras perdidas, contos para viajar" de José Eduardo Agualusa
  • "Baía dos tigres" de Pedro Rosa Mendes
  • "Viagens sentimentais" de Tiago Salazar
  • "Mar de especiarias" de Joaquim Magalhães de Castro
  • "Histórias etíopes" de Miguel João Ramos
  • "O mundo é fácil" de Gonçalo Cadilhe
E pronto, são estes os livros, espero que algum deles vos tenha despertado interesse. O último livro mencionado é o livro de onde retirei os outros, como já mencionei. Na página seguinte há uma lista de livros recomendados para serem lidos em viagens específicas, distribuídos por continentes. Por exemplo um dos livros mencionados no continente europeu é "Morte em Veneza" de Thomas Mann. E acho que é tudo por agora... Se quiserem a lista completa que mencionei ou se já tiverem lido algum destes livros ou algum destes autores portugueses, deixem os vossos comentários. Sintam-se à vontade para participar no blog com as vossas opiniões. Vou deixar-vos com uma frase mencionada no livro que gostei bastante. Até à próxima!

«Viajar é um catalisador do destino: obriga a que aconteçam "coisas"...»

domingo, 20 de julho de 2014

Uma boa história nunca acaba #91


Heaven is for real (2014). Drama. Baseado no livro O céu existe mesmo, este filme conta a história de um menino que, durante uma operação médica, diz ter visitado o céu. Penso que tanto o livro como o filme estão sempre subjacentes às crenças do espectador ou leitor. Uma pessoa crente quer acreditar na veracidade de uma história ainda para mais contada por uma criança. Uma pessoa não crente apresenta mil e um argumentos para justificar o sucedido, nem que seja pela forte capacidade de imaginação de um rapaz inteligente. Não é um filme em que nos entreguemos à história mas um filme em que a história vem ter connosco e nos faz questionar 'Afinal o céu existe mesmo?'. A resposta está dentro de cada um de nós e será sempre diferente de pessoa para pessoa. Vou ser sincera e dizer que decidi ver este filme único e exclusivamente por causa do Greg Kinnear que, para quem não sabe, é o meu actor favorito. Acabei por ficar a conhecer a história de Todd que tantos livros fez vender em todo o mundo e tirar as minhas conclusões. Aconselho a todos fazerem o mesmo.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Página-a-página #149


«A vida é movimento ininterrupto, mudança perpétua, e temos de utilizar a ilusão para criar a ideia de que existem coisas estáticas: identidades, corpos, amores, lares, momentos. Achamos que podemos regressar a quem fomos, estar de novo onde estivemos, amar o que amámos. Mas não, nada é exactamente igual, nós não somos nunca nós, mas uma outra versão, mesmo que a diferença seja ligeira.
É apenas uma ilusão, inversa à do cinema, que nos permite sentir que estamos, que somos. Mais correcto seria se disséssemos que passamos e que fomos e seremos.»


À espera de Moby Dick
Nuno Amado

TAG: Os 12 meses do ano na estante


1. Janeiro: o mês que inicia um novo ano. Indica um livro com uma epígrafe que gostes.
Esta é fácil: O Dia em que te esqueci de Margarida Rebelo Pinto. É escrita por José Eduardo Agualusa in As mulheres do Meu Pai. Passo a transcrever:
«-E aquilo o que é?
-Um sonho. Um sonho mecânico. Deixei-o aí para me lembrar que também aos sonhos os devora a ferrugem. A ferrugem nunca dorme.»

2. Fevereiro: o mês mais curto e o menos cortês. Indica um livro pequeno que não tenhas gostado muito.
Para este mês escolhi A Metamorfose de Kafka. Foi o primeiro livro e único até agora que li deste autor e a verdade é que ao contrário de muita gente, atrevo-me mesmo a dizer da maior parte, eu não gostei. Não sei se era por já saber a história, se por ter as expectativas demasiado altas, se a altura em que o li não foi a mais indicada, não sei... A mim não me convenceu :x

3. Março: No dia 8 celebra-se o Dia Internacional da Mulher. Indica um livro que tenha uma mulher na capa e que tenha sido escrito por uma.
Para esta categoria escolhi o livro Rumo ao farol de Virginia Woolf. A minha edição é um livro de bolso da Europa-América. Não sei como são as outras edições deste livro mas a minha tem uma mulher.

4. Abril: "Em Abril, águas mil". Diz qual o último livro que te fez chorar.
So easy... A rapariga que roubava livros de Markus Zusak!!! Acho que foi o único livro que li até agora que me tenha feito chorar.

5. Maio: Primavera no seu auge. Indica um livro cujo título contenha ou esteja relacionado com as palavras 'Primavera', 'flores' ou 'pássaros'.
Para esta categoria escolhi o livro Mar de Papoilas de Amitav Ghosh. Não tem nenhuma das palavras mencionadas mas tem um tipo especifico de flores portanto penso que sirva...

6. Junho: No dia 1 celebra-se o Dia Mundial da Criança. Indica um livro infantil com uma criança na capa.
Escolhi o livro Recados da Mãe de Maria Teresa Gonzalez, da editora Verbo que tem a cara de uma menina na capa.

7. Julho: Sétimo mês do ano, o número mágico. Indica qual o livro com a tua criatura mágica/sobrenatural preferida.
Pois, esta é a pior de todas... Não gosto muito de livros de fantasia e do sobrenatural portanto nunca li nada do género nem tenho nada na minha estante sobre o assunto. Sim, eu não li o Harry Potter :x
Portanto acho que vou escolher, só mesmo para não deixar em branco, a personagem masculina do livro Só no escuro podes ver as estrelas de Cristina Boavida, que era um extraterrestre... Conta?

8. Agosto: mês de sol, férias e praia. Indica um livro com uma capa amarela ou laranja.
Esta também é muito fácil... Memorial do Convento de José Saramago. Todas as capas de uma edição da Caminho são amarelinhas ^^

9. Setembro: mês de regresso às aulas. Indica um livro que te lembre os teus tempos de escola.
Para não repetir a resposta anterior vou escolher o livro Felizmente há luar! do Luís de Sttau Monteiro mas também podia escolher por exemplo Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett ou Os Maias de Eça de Queirós.

10. Outubro: O único mês cujo nome inicia e termina com a mesma letra. Indica um livro cujo título comece e termine com a mesma letra.
Ui, tantos... Por exemplo O Retorno de Dulce Maria Cardoso.

11. Novembro: mês de São Martinho, castanhas e vinho. Indica um livro que tenha na capa algo relacionado com a comida e/ou bebida.
Relacionado com comida não tenho nenhuma mas com bebida tenho alguns... Por exemplo Uma Americana em Pequim de Ann Mah da editora ASA. É um livro que fala sobre comida chinesa e na capa tem uma mulher a segurar numa caneca, suponho que seja de chá...

12. Dezembro: mês do Natal. Indica um livro que tenha as cores verde e vermelho na capa.
Para esta categoria escolhi o livro Cândido ou o optimismo de Voltaire. A edição que eu tenho é da Tinta da China e portanto a capa é verde e vermelha (Sim, eu leio livros de filosofia).


E pronto, espero que tenham ficado a conhecer um pouco melhor a minha estante e os livros que nela habitam. Até à próxima!

quinta-feira, 17 de julho de 2014


Página-a-página #148


«No princípio era a luz viajando pelo espaço ou na ponta da língua de Deus. E a mente divina imaginou um cosmos onde um dia existissem cidades cheias de contabilistas e restaurantes de fast food e museus de design e lojas de descontos e cinemas e jardins com escorregas e bancos recatados onde casais apaixonados trocassem carícias. E Deus imaginou que nesse mundo existiria vida acima e abaixo da terra, dentro e fora do mar e que essa vida teria as mais variadas formas e seria exuberante em cor, som, textura e propósito. Anjos percorreriam esse mundo disfarçados: encarnariam poetas, agentes de seguros, músicos desempregados, jardineiros, um alemão chamado Bach, crianças disléxicas, empregadas de balcão ou pedreiros.»


À espera de Moby Dick
Nuno Amado

«Happiness makes up in heigh for what it lacks in length.»
Robert Frost

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Página-a-página #147

«A minha felicidade é o Deus ao qual vocês têm de se sacrificar. Mas percebam que é uma felicidade com espaço para a melancolia, para o lamento e para a saudade. Não só de vocês, mas de tudo. Mesmo do que ainda não vivi. A ausência de botões de pause ou rewind na vida torna-a um fluxo imparável, um rio sem barragens possíveis. Estou apaixonado por Christine mas sei que o nosso amor não tem muito por onde crescer. Poderá ser "eterno enquanto dura", como diz Vinicius, mas, mais do que isso, acho que terá de fazer o que Robert Frost diz que a vida faz: "Compensar em altura o que lhe falta em comprimento." Viver em viagem é saber que as paisagens de hoje ficarão para trás amanhã. Que o Verão só dura até ao Outono, que só dura até ao Inverno, que só dura até à Primavera, que só dura até ao Verão, mas já outro Verão.»

À espera de Moby Dick
Nuno Amado

TAG: Chocolates literários

1. Chocolate preto: um livro que aborda um tema escuro (abuso, violência doméstica, solidão, assédio, morte, etc.)
Nesta categoria eu escolhi o livro Veronika decide morrer de Paulo Coelho que aborda, como o próprio nome indica, o suicídio.

2.Chocolate branco: um livro leve e divertido que tu adores.
Para esta categoria escolhi o livro odília de Patrícia Portela que é um livro bastante pequeno, divertido, cheio de ilustrações e do qual eu gostei bastante.

3. Chocolate de leite: um livro do qual muitas pessoas falam e que queres muito ler.
Muitas pessoas falam dos livros de Haruki Murakami e sinceramente eu tenho bastante curiosidade em ler mas ainda não surgiu oportunidade. Penso que de todos os que ouvi falar aquele que me despertou mais interesse foi o 1Q84 composto, se não me engano, por 4 volumes.

4. Chocolate recheado com caramelo: um livro que te derreteu o coração.
Ok, aqui vem a parte lamechas... Qualquer um do Nicholas sparks que eu tenha lido (e já li bastantes) me derreteu o coração. São romances fortes, cheios de sentimentalismo e com algo que toca em qualquer um de nós que é o amor.

5. Kinder surpresa: um livro que te surpreendeu recentemente.
Hummmm... São muitos os livros que me surpreendem, principalmente se eu não conhecer o autor ou nunca tiver lido nada dele portanto a primeira vez que leio algo bom de um autor é sempre uma surpresa... Vou escolher talvez A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Záfon que me prendeu desde o inicio até ao final. Quando o livro me veio parar às mãos (foi uma oferta) eu nunca tinha ouvido falar dele, nem do autor, nem de nada que pudesse comprometer a leitura. Mas devo dizer que assim que me vi sozinha com ele, nunca mais o larguei e li-o de uma assentada por isso sim, posso dizer que foi um livro que me surpreendeu.

6. Lion: um livro que te deu vontade de rosnar, de tão chateado(a) que ficaste.
Para esta categoria eu escolhi o livro O Homem lento de J. M. Coetzee. Já não me lembro muito bem da história mas na altura em que o li, lembro-me que quando cheguei ao final fiquei imensamente chateada porque achava que o livro merecia um final bem melhor do que aquele que teve. Era como se o livro ainda não tivesse chegado ao fim. Pareceu-me que tinha ficado a meio. Lá está, somos influenciados pela altura em que lemos as coisas e pelos acontecimentos que passam à nossa volta, talvez se o lesse agora a minha opinião fosse outra mas lembro-me que na altura não gostei nada do desfecho.

7. Chocolate quente com marshmallows: um livro que já leste e voltarias a ler centenas de vezes.
Esta categoria é fortemente influenciada pelo nosso livro favorito, pois quando dizemos que um livro é o nosso favorito, estamos a dizer que o achámos tão bom, tão bom, que não nos importaríamos de o voltar a ler... No entanto, vou sucumbir ao desejo de escrever Walden (que para quem ainda não sabe é o meu livro preferido de todos os tempos!!!) e dizer que voltaria a ler O monge que vendeu o seu ferrari de Robin Sharma. Foi um livro que serviu para me conhecer um pouco melhor e que, clichés à parte, mudou a minha vida para melhor. Nunca somos a mesma pessoa depois de ler um bom livro e acredito que se relesse o livro o iria ver sempre de uma outra forma.

8. Caixa de chocolates: um livro que já leste e que tem algo que agrade a todos.
Opáaaa... Nunca se pode agradar a gregos e a troianos... Cada pessoa tem os seus gostos literários e portanto qualquer que seja o livro que eu indique, haverá de certeza alguém que não goste... Portanto nada feito...

Espero que tenham gostado. Se quiseres comentem a dizer o que acharam e como responderiam. Até à próxima!

terça-feira, 15 de julho de 2014

Grouplove - Let me in


Página-a-página #146

«Ouça, Sr. Marlov, a existência é feita de testemunhos. Sem isso não há nada. O "outro" é quem faz com que nós existamos. Sem percepção, não há nada. Esse est percipi, dizia Berkeley com toda a razão: ser é ser percebido. Nós existimos porque há testemunhos, há espelhos por todo o universo. As relações com o "outro" é que nos criam a nós. Não há barulho quando não há ninguém para ouvir. Há um antigo fragmento anónimo do século 1 depois da Hégira que diz que, quando Deus criou o pássaro, o céu tornou-se evidente. Estava lá em potência, mas não era percebido. Enfim, o que fazemos é o mesmo que Oskar Kokoschka fazia: levamos as nossas ficções à ópera.»

A Boneca de Kokoschka
Afonso Cruz

Página-a-página #145

«E é isso que eleva um homem à imortalidade: as suas ideias tornam-se universais e fecundam toda a gente. As palavras podem entrar nos ouvidos de números impensáveis, incontáveis. A criação de vidas prolongam-nos até ao infinito. É tornando-nos muitos que chegamos a ser todos, que é o Todo e que é o Um. O homem tem de ser visto de vários ângulos ao mesmo tempo, sobrepostos. O mesmo homem deve ser cheio de incoerências e anacronismos e deve saber viver com isso. Colocarmo-nos no lugar dos outros, enchermo-nos de outros, dos inimigos, dos amigos, dos ladrões, das putas,dos ministros, dos taxistas, dos engenheiros, dos embusteiros, dos generosos, dos selvagens, dos mentirosos, dos avessos, dos miseráveis, dos budistas, dos banqueiros, dos anarquistas, dos pilotos de aviões, dos porcos, dos santos, dos cristãos, dos vizinhos, dos loucos, dos abomináveis, de todos, todos sem excepção, até dos familiares longínquos e próximos. Todos dentro de nós para que nos seja fácil compreender aquelas diferenças e, eventualmente, encontrar uma paz no meio dessa tensão. As guerras têm mais dificuldades de existir quando as pessoas se compreendem umas às outras.»
A Boneca de Kokoschka
Afonso Cruz

Uma boa história nunca acaba #90


Diana (2013). Biografia. Drama. Romance. Finalmente consegui ver o filme biográfico sobre os últimos anos da Lady Di. Era um filme que já andava há algum tempo na minha watchlist. É sempre complicado falar sobre filmes biográficos especialmente quando há controvérsias e polémicas à mistura... Pelo que sei este filme foi extremamente criticado pela imprensa. Enquanto biografia eu penso que, se fizer jus a Diana, mostra o lado mais humano de uma princesa, isto é, mostra Diana enquanto mulher, mãe e amante e não tanto os seus deveres e obrigações enquanto figura pública. O filme passa-se sobretudo em volta da suposta relação que Diana teve com um médico cirurgião após o seu divórcio e pelo que consta, até ao final da sua vida. Eu defendo sempre que ver biografias nunca é tempo perdido portanto, polémicas à parte, não deixem de ver e formar as vossas próprias opiniões!

segunda-feira, 14 de julho de 2014


Página-a-página #144

«Querida Condessa,

É com arrojo que lhe escrevo esta carta, mas os meus ossos engelham-se com o tempo. Não com o tempo que passa por nós, mas com o tempo que se entranha no esqueleto, na medula, e nos faz aquele reumatismo especial que é o facto de passarmos ao lado da vida. Não é o tempo que nos envelhece, é o tempo mal gasto.E o meu, sem a presença da condessa, engelha-me os ossos. Mas que fazer se, quando a vejo com a saca do pão, no supermercado, a contemplar os enlatados, fico sem as palavras que me compõem. Sabia, amada condessa, que o homem faz-se de vinte e duas letras? Um alfabeto que o Eterno sabe articular nisto que nós somos. Nós para Ele somos só letras e números. E ele dita um livro para cada um de nós, seja uma pedra ou um homem, ou uma lata de feijões. É a combinação das letras que faz estes bichos que se distinguem das pedras por sabermos o que significa uma taxa de juro. Na verdade, julgo que as pedras que vemos por aí, não são os minérios que julgam os geologistas, mas sim restos de coração humanos, desses humanos que acordam de manhã para ir trabalhar e que não sabem amar com profissionalismo. É assim que nascem as pedras, de restos de corações. (...) De onde vinham as pedras que a guerra produz? Do peito dos homens, evidentemente. Os corações deles, dos homens da guerra, eram aquelas pedras mortas. Aquelas pedras e poeira que se via por todo o lado.
Porém, quando um homem sabe amar como eu, nascem ervas nos campos e os passarinhos cantam dentro de nós (e não fora como julgam as pessoas que compram canários). Os trinados de uma ave canora ouvem-se dentro de nós. As pessoas mal informadas julgam que é o canário a fazê-los, mas é a nossa alma que treme ao ouvir um pássaro a cantar. É assim que se fazem os trinados. De almas a tremer. (...)
O amor não é infinito como dizem os poetas. Nem o meu é infinito, quanto mais o das outras pessoas. O que é infinito é o objecto do nosso amor finito. A condessa, para mim, é que é o infinito. Eu sou apenas alguém que sabe contemplar o horizonte que é a madame.

Com amor,
Bonifaz Vogel»
A Boneca de Kokoschka
Afonso Cruz

domingo, 13 de julho de 2014

TAG: Verão com leituras

Desta vez trago-vos uma TAG que, para quem não sabe, consiste em responder a uma série de perguntas. Eu penso que irei apostar mais em TAGs literárias contudo como entretanto podem surgir outras TAGs do meu agrado não me vou restringir apenas à leitura. Desta forma dou-vos a conhecer um bocadinho mais do que mora na minha estante e dos meus gostos quer sejam literários, quer sejam cinematográficos. Decidi começar com esta TAG uma vez que estamos no Verão.  Espero que gostem!


1. Qual o teu género favorito para ler no Verão?
Eu no Verão prefiro leituras leves, sobretudo romances ou livros passados em locais turísticos como Itália ou França. No entanto, como é no Verão que tenho mais tempo para ler costumo ler também aqueles livros que ando a adiar durante o ano por serem mais complicados de me captar a atenção.

2. Qual o teu lugar favorito para ler no Verão?
Penso que esta resposta seja um bocado óbvia. No Verão o meu lugar favorito para ler é na praia ou numa esplanada. No entanto qualquer sítio ao ar livre é agradável e propício à leitura.

3. Verão: campo ou praia?
Praaaaaaia!

4. Qual o autor que não dispensas no Verão?
Esta resposta é simples e directa: Elizabeth Edmondson.

5. Qual o autor mais associado ao Verão que toda a gente já leu menos tu?
Já ouvi falar muito dos livros de Elizabeth Adler e de Jude Deveraux mas nunca li nada de ambas as autoras.

6. Qual a leitura que estás mais ansiosa para fazer este Verão?
Como este ano comprei uma carrada de livros na feira do livro que houve em Lisboa, tenho muito por onde escolher mas um dos livros que quero muito ler ainda este Verão é À espera de Moby Dick do Nuno Amado.

7. Que livro vai ser lançado este Verão e que estás muito ansioso(a) por ler?
Não faço ideia dos lançamentos que estão previstos para este Verão :x

8. Que saga/trilogia recomendas como leitura de Verão?
Ok, esta aqui é um bocadinho complicada para mim de responder pois não sou muito de sagas nem trilogia. No entanto, como adquiri recentemente o livro Wreck this journal penso que é no Verão que temos mais tempo para dar uso ao livro e portanto recomendo todos os livros da autora (Keri Smith).

9. Mostra três livros que vais ler este Verão e três livros que recomendas como leitura de Verão.
Em primeiro, três livros que eu recomendo para se ler no Verão, por serem leves, são Uma Villa em Itália de Elizabeth Edmondson, mas qualquer outro livro da autora também é aconselhado, Aquele Verão na Toscana de Domenica de Rosa e A Praia da memória de Nancy Thayer. Pessoalmente, este Verão pretendo ler À espera de Moby Dick de Nuno Amado, A Trança de Inês de Rosa Lobato de Faria e Uma Terra distante de Daniel Mason.


E pronto, espero que tenham gostado desta TAG. Até à próxima!

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Página-a-página #143


«-Os pássaros comem sementes - disse Bonifaz Vogel quando entrou na cozinha. - Não percebo porque não crescem árvores dentro deles.
-Acho que os vegetais precisam de luz para crescer e dentro dos pássaros está muito escuro.
-Eu, quando fecho os olhos, vejo luzes. Se está escuro, de onde vêm essas luzes? Quando sonho está tudo iluminado, ou então não se veria nada. De onde vem essa luz Isaac, de onde vem essa luz?
(...)
-Ando triste por causa da condessa.
-Sr. Vogel, se não estiver contente com o rumo das coisas - disse Isaac -, só tem de fazer uma coisa muito simples: juntar os dois pés, concentrar-se e dar um pequeno pulo na vertical. Quando os seus pés tocarem o chão outra vez, a realidade do chão, quando deixarem esse momento celeste que é o salto, quando tocarem o chão, dizia eu, provocará um pequeno tremor que abalará a direcção do universo. Se ia em determinado sentido, sentido que, por certo, não lhe agrada, basta pular para ver mudar o rumo. Mas porque o tremor é muito pequeno, os efeitos não se notam de imediato, no entanto, se pudesse olhar para o futuro, veria como foi diferente daquele futuro em que não pulou. A vida é feita destes saltinhos.»
A boneca de Kokoschka
Afonso Cruz

6 Escritores portugueses



E aqui estão os 8 livros de escritores portugueses que eu adquiri recentemente. Não sei porquê mas reparei que as minhas ultimas apostas literárias caíram muito em escritores portugueses, alguns que já conhecia e outros de que tinha curiosidade em ler. Pessoalmente acho que esta nova geração de escritores portugueses tem muito para contar e do que tenho lido até agora, conseguem contar uma boa história, entreter o leitor e captar a atenção de coisas actuais que a todos dizem respeito. Acho que é sempre uma boa aposta apostar no que é nacional, ainda para mais quando o que é nacional é bom!! Em relação aos livros, temos A Persistência da memória de Daniel Oliveira, que já tem posts no 'Página-a-página', O filho de mil homens de Valter Hugo Mãe, A trança de Inês de Rosa Lobato de Faria, A boneca de Kokoschka (que estou a ler neste momento) e Jesus Cristo bebia cerveja de Afonso Cruz, Á espera de Moby Dick de Nuno Amado e finalmente Para cima e não para Norte e odília de Patricia Portela (este último também já com post). Digam-me se já leram algum destes livros e o que é que acharam. Fico à espera!

Página-a-página #142

«Ainda escrevi outra novela que contava a história de um homem que nunca nasceu. A mãe engravidou até morrer.O filho foi vivendo sempre dentro do útero. Aquilo era uma parábola das nossas limitações, do medo do desconhecido, de arriscar, essas coisas. Sabe, Sr. Dresner, nós vivemos todos muito abaixo do limiar possível. Vivemos na garagem de um palácio, ou numa cave, é isso que fazemos, como um feto que nunca sai do útero. Esta personagem era apenas mais um de nós que não queria sair do seu mundo para ver a luz. Era uma narrativa kafkiana.»

A boneca de Kokoschka
Afonso Cruz

terça-feira, 8 de julho de 2014

Walt Whitman: Song of Myself

Página-a-página #141

«E há as memórias, estilhaçadas, espetadas contra as paredes, sentimentos que são mais difíceis de interpretar do que braços. Um braço esquerdo é um braço esquerdo, mas o sentimento é esquivo. Um sorriso de um filho encaixa em que articulação?, perguntará Deus a refazer o homem para a ressurreição. Há memórias que não cabem no corpo. O sorriso de um filho é uma peça de um puzzle que é maior do que o puzzle a que pertence. E Dresden eram peças, não só de cimento e ossos, mas de almas, uma confusão de matéria e de espírito, uma sopa muito pouco cartesiana.
-Dresden é um puzzle - disse Isaac Dresner - feito de infinitos estilhaços, peças incontáveis.»

A Boneca de Kokoschka
Afonso Cruz

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Página-a-página #140


«Numa loja de pássaros é onde se concentram mais gaiolas. Não há lugar nenhum no mundo construído com tantas restrições como numa loja de pássaros. São gaiolas por todo o lado. E algumas estão dentro dos pássaros e não por fora como as pessoas imaginam. Porque Bonifaz Vogel, muitas vezes, abrira as portas das gaiolas sem que os canários fugissem. Os pássaros ficavam encolhidos a um canto, tentando evitar olhar para aquela porta aberta, desviavam os olhos da liberdade, que é uma das portas mais assustadoras. Só se sentiam livres dentro de uma prisão. A gaiola estava dentro deles. A outra, a de metal ou madeira, era apenas uma metáfora. Bonifaz Vogel vivia no meio de metáforas.»
A Boneca de Kokoschka
Afonso Cruz


Hoje venho-vos falar de um livro que adquiri recentemente. Wreck this journal é um livro escrito por Keri Smith que, tal como o nome indica, foi construído para ser destruído. Segundo a autora, "To create is to destroy" e portanto o objectivo do livro é apelar ao nosso lado mais criativo e, seguindo as instruções indicadas na terceira página e "work against your better judgment". O livro não tem ainda tradução em português de Portugal. Tem apenas uma edição em brasileiro intitulada 'Destrua este diário'. Da mesma autora estão publicados, também pela Penguin, How to be an explorer of the world, This is not a book, Mess e Finish this book. Para quem quiser mais detalhes de como o livro é por dentro, basta pesquisar pelo nome do livro no google que tem lá bastantes imagens.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Uma boa história nunca acaba #89


«Coming close. Closer. Cause the more you think you see, the easier will be to deceive you. Because what is seeing? You're looking but what you really do is filter, interpreting, searching for meaning. My job? To take the most preciously gift you give me: your attention!»

Now you see me (2013). Crime. Mistério. Thriller. Traduzido para português como Mestres da ilusão, desta vez trago-vos mais um filme de magia. O FBI persegue uma equipa de ilusionistas que inclui assaltos a bancos nos seus espectáculos e oferece ao público o dinheiro roubado. Os Quatro Cavaleiros são um super grupo de ilusionistas que realiza dois sofisticados espetáculos. Primeiro, espantam a audiência ao roubar um banco noutro continente, depois expõem um criminoso e oferecem o dinheiro ao público. O sucesso do quarteto chama a atenção das autoridades. Passam então a ser perseguidos pelos agentes do FBI e da Interpol.Apesar de pessoalmente ter achado o final um cliché e bastante óbvio, não deixa de ser um excelente filme que nos envolve e seduz como se faz com as crianças. Aconselho!!


quarta-feira, 2 de julho de 2014

8 Poetas americanos


Olá a todos, aproveito este inicio de mês de calor, sol e alegria para inaugurar mais uma etiqueta, ou marcador, como preferirem, chamado 'Perspectivas' que, ao contrário de 'Retrospectivas' pretende dar a mostrar um bocadinho dos meus planos para o futuro, em vez das coisas que já realizei no blog. Assim, sendo, aproveito este primeiro post para vos mostrar os poetas americanos que pretendo ficar a conhecer melhor no futuro e, quem sabe, não faça um dia um post sobre eles. Passo-vos então a apresentar: A imagem maior, que já é familiar ao blog é, como diziam no filme Dead Poet Society, o tio Walt, isto é, Walt Whitman. Depois ao lado, a contar de cima estão Robert Frost, Ralph Waldo Emerson, que também já foi mencionado na categoria livros em 'Página-a-página' e Emily Dickinson. Segue-se à sua esquerda T. S. Eliot, Herman Melville, E. E. Cummings e finalmente Edgar Allan Poe. E pronto, aqui estão os 8 poetas americanos que quero conhecer melhor. Já leram alguma coisa de algum deles? Se sim, comentem a dizer o que é que acharam ou se conhecem outros poetas que eu não mencionei e que gostaram muito de ler.

Personalidades #13

Alfred Tennyson (1809-1892). Poeta inglês. A maior parte da sua poesia baseia-se em clássicos mitológicos. Em 1842 publicou dois volumes de poemas, o primeiro com poemas já publicados anteriormente e o segundo com inéditos que foram um sucesso imediato. Alguns destes poemas ficaram famosos tais como 'Ulysses', 'Locksley Hall' e 'Tithonus'. Contudo, foi em 1850 que Tennyson atingiu o pináculo da sua carreira, quando publicou a sua obra-prima 'In Memoriam A.H.H' dedicada a Hallam, um poeta amigo. Mais tarde, nesse mesmo ano foi nomeado Poeta laureado, sucedendo a William Wordsworth. No final da sua vida, Tennyson revelou que as suas crenças religiosas eram pouco convencionais, inclinando-se para o agnosticismo e panteísmo. Costumava elogiar Spinoza e Giordano Bruno. Tennyson continuou a escrever até morrer, com 83 anos.

Valter Hugo Mãe - "A máquina de fazer espanhóis"

terça-feira, 1 de julho de 2014

Um desafio por mês #20


Julho #8

Nos campos florescem amores que alimentarão gentes desta terra, do mar nascem promessas de uma vida mais além e para o céu sobem vontades de projectos em pleno. De pés descalços na areia renasço com este novo ar. Este é o tempo de renovar ares e partir para novos caminhos. Ficam em memórias tempos idos de desafios cumpridos, transcendências conseguidas e esforços desmedidos. Deixo no ar o aroma das vitórias que foram para seguir em novas aventuras. Foi bom, é passado e será história. Mas é das memórias que alimento o futuro.

                Por agora, são convívios em fins de dia, amigos partilhados com o dourado do sol e energia nos cumes da vontade. Tempos sem amarras para dar vida à felicidade. Por agora, é carregar a alma de novos lugares, ocupar a vida de momentos irrepetíveis e sermos incomensuravelmente felizes. Por agora, impera viver o presente que o futuro que vem será bom com certeza.

Alexandra Oliveira Villar