«Olhamos para as palavras para nos olharmos, como se fôssemos mais o que lemos do que aquilo que sentimos mas, neste domínio, não é a dialéctica que me resolve os problemas.
As memórias comuns têm o poder de sublimar a nobreza que aos atos escasseia, a dor feita cicatriz que o corpo apagou. Comigo não. Todos os dias me lembrei de ti. Me lembrei de nós. De nós, como queríamos ser. De nós, como sonhámos. Das nossas mãos que imaginávamos velhas e rugosas, com as marcas sanguíneas das alianças.
(...)
Há homens a quem falta a coragem de serem felizes, homens com minúscula que preferem a nobreza da solidão pela pacifica falta de ambas. Nem felizes, nem sós.»
A Persistência da memória
Daniel Oliveira
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