quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Janeiro #14

Nestas tardes luminosas de Inverno em que te espero, cada poente transparente lembra em mim as pérolas que embalam as ondas das marés. E nelas vejo todo o fulgor dum futuro que há-de ser nosso, em que será pleno e perfeito cada instante. Mas o vento amargo do passado traz em si todo o desconsolo das horas das nossas eternas esperas. Nele vivo toda a ansiedade do futuro. Nele duvido da minha existência. Nele sei que és tu a Primavera que eu espero.

Na doçura amarga dessas noites em que bailamos a multiplicação das esperas da nossa entrega guardo em mim todo o resplendor das palavras és tu a Primavera que eu espero. É nessa Primavera que renasceremos e como prometidos amantes viveremos a exaltação de todas as esperas.

 vento bailador das Primaveras trouxe em si cada pedaço dos teus olhos, cada pérola que me embala nas marés. O luar das noites transparentes é leito onde nos deitamos e nos fazemos nossos como se prendêssemos entre os dedos cada pétala de rosa deste amor. E quando há noite te beijo os olhos tenho a certeza em mim que és tu a Primavera que eu esperava.
Alexandra Oliveira Villar

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