Nestas tardes
luminosas de Inverno em que te espero, cada poente transparente lembra em mim
as pérolas que embalam as ondas das marés. E nelas vejo todo o fulgor dum
futuro que há-de ser nosso, em que será pleno
e perfeito cada instante. Mas o vento amargo do passado traz em si todo o
desconsolo das horas das nossas eternas esperas. Nele vivo toda a ansiedade do
futuro. Nele duvido da minha existência. Nele sei que és tu a Primavera que eu espero.
Na doçura
amarga dessas noites em que bailamos a multiplicação das esperas da nossa
entrega guardo em mim todo o resplendor das palavras és tu a Primavera que eu espero. É nessa Primavera que renasceremos
e como prometidos amantes viveremos a exaltação
de todas as esperas.
O vento bailador das Primaveras trouxe em
si cada pedaço dos teus olhos, cada pérola que me embala nas marés. O luar das noites transparentes é leito
onde nos deitamos e nos fazemos nossos como se prendêssemos entre os dedos cada
pétala de rosa deste amor. E quando há noite te beijo os olhos tenho a certeza
em mim que és tu a Primavera que eu esperava.
Alexandra Oliveira Villar
Sem comentários:
Enviar um comentário