quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Página-a-página #227

«A nossa existência inicia-se numa única célula, mais pequena do que um grão de pó. Muito mais pequena. Dividir. Multiplicar. Somar e subtrair. A matéria muda de mãos, os átomos afluem e apertam-se em torrentes, moléculas giram em torno de um ponto central, proteínas unem-se, as mitocôndrias expelem os seus ditames oxidativos; começamos a existir sob a forma de um microscópico enxame eléctrico. Os pulmões o cérebro o coração. Quarenta semanas depois, seis triliões de células são esmagados no torno do canal de nascimento da nossa mãe e gritamos. Depois deparamos com o mundo.
(...)»
Toda a luz que não podemos ver
Anthony Doerr

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