A primeira razão: tudo na sua vida era igual, e, -uma vez passada a juventude - seria decadência, a velhice começaria a deixar marcas irreversíveis, as doenças chegariam, os amigos partiriam. Enfim, continuar a viver não acrescentava nada; pelo contrário, as possibilidades de sofrimento aumentavam muito.
A segunda razão era mais filosófica: Veronika lia jornais, via televisão, e estava a par do que se passava no mundo. Tudo estava errado, e ela não tinha como reparar a situação - o que lhe dava uma sensação de inutilidade total.»
Veronika decide morrer
Paulo Coelho
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