Moço não é um homem religioso, mas ainda admira as religiões. Fascina-se com as palavras concatenadas, os gestos precisos, a maravilha de homens juntos que celebram o que não entendem. Como uma dança louca que se basta a si mesma, ritos assentes em palavras que não assentam em nada. Como música e poesia de multidões, como se tudo fosse aceitável e se pudesse respeitar: comer e beber um homem, lavar a alma num rio, beijar uma cruz, matar animais ou ajoelhar-se no chão.»
Debaixo de algum céu
Nuno Camarneiro
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