sexta-feira, 30 de maio de 2014
terça-feira, 20 de maio de 2014
Histórias com história #2
The Big Bang Theory (2007-2016). Série americana criada por Chuck Lorre e Bill Prady. A série é sobre um grupo de amigos (Leonard Hofstadter, Sheldon Cooper, Howard Wolowitz e Rajesh Koothrappali) e respectivas namoradas (Penny, Amy Farrah Fowler e Bernadette). Sheldon e Leonard são os dois físicos teóricos que dividem o apartamento. A série começa com Penny a mudar-se para o apartamento ao lado, conhecendo assim os novos vizinhos. O intelecto de Sheldon e Leonard são comicamente contrastados com o bom-senso e sociologia de Penny. Ao longo das temporadas vamos ficando a conhecer melhor cada um deles e, penso que falo por todos os fãs da série, rendidos aos comportamentos do Sheldon. Para mim, a série tem sido uma agradável surpresa constante, que me deixa pregada ao ecrã do inicio ao fim. Como ainda está a ser filmada, ainda tudo pode acontecer, pelo que espero um final surpreendente. A verdade é que há tanto para dizer e tão poucas palavras para descrever que o melhor mesmo é verem a série! Não se vão arrepender! Estes quatro rapazes vão certamente deixar saudades!
Histórias com história #1
Friends (1994-2004). Realizado por David Crane e Marta Kauffman. Ross, Phoebe, Rachel, Joey, Mónica e Chandler formam um grupo de 6 amigos que lutam para sobressair na competitiva cidade de New York. Cheia de humor inteligente, a série aborda vários temas como trabalho, família, responsabilidade, sexo, dinheiro, amizade, amor, compromisso, entre muitos outros. Quem entra na vida destas pessoas não deseja sair e portanto esta série teve 10 temporadas que chegaram ao fim depois de muitas reviravoltas, surpresas, desavenças e reencontros. Foi dificil deixar para trás as piadas do Chandler, a ingenuidade do Joey, a relação do Ross com a Rachel, as manias da Mónica e a alegria da Phoebe... O último episódio da série é considerado um dos 5 episódios finais mais vistos em todo o mundo. Este blog aconselha, definitivamente, esta série a todos! Uma vez que este grupo de amigos entra na nossa vida, dificilmente se vai embora. A melhor de todas, mesmo!
segunda-feira, 19 de maio de 2014
Divulgando #14
5 Páginas. Canal literário que reúne 5 booktuberes portuguesas. Têm temas novos todas as semanas, ainda está no inicio mas promete grandes surpresas. Para quem gosta de livros e de ler, é uma forma de ficar a conhecer novos livros e partilhar o prazer pela leitura. Este blog aconselha!
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sexta-feira, 16 de maio de 2014
Personalidades #12
Maria Gaetana Agnesia (1718 - 1799). Matemática, filósofa e linguista italiana. É conhecida como sendo a primeira mulher nomeada para professora de matemática numa universidade. Desenvolveu estudos na área do cálculo diferencial e integral e análise algébrica e infinitesimal. Ainda hoje nos referimos ao seu trabalho sempre que falamos da Curva de Agnesi.
terça-feira, 13 de maio de 2014
segunda-feira, 5 de maio de 2014
Look Up!
Tenho pena que este vídeo não tenha legendas em português porque a mensagem talvez não passe tão bem, ou não chegue a toda a gente da mesma forma, no entanto, e tendo em conta o objectivo deste blog, era óbvio que não poderia deixar de o partilhar. A vida é para ser vivida e não para ser virtualmente vivida. As tecnologias podem trazer consigo muitas vantagens e benefícios mas em caso extremo levam-nos a própria vida. E nós somos a geração que tem essa percepção directa pois quando nascemos e quando éramos crianças não havia tanto progresso e, na minha opinião, éramos mais felizes. Claro que não temos de deixar a tecnologia completamente de lado mas não esqueçamos quais as suas verdadeiras funções. Não vou dizer mais nada porque o video já diz tudo. Deixo só também uma imagem que se encontra num café e que achei pertinente a propósito do tema...
domingo, 4 de maio de 2014
sábado, 3 de maio de 2014
Uma boa história nunca acaba #84
The railway man (2013). Biografia. Drama.1942. Dezenas de milhar de jovens e soldados tornam-se prisioneiros de guerra quando as forças japonesas ocupam Singapura. Churchill chamou-lhe “o maior desastre que jamais se abateu sobre o Império Britânico”. Eric Lomax, um Engenheiro de Comunicações de 21 anos e entusiasta dos comboios, é um dos homens que se rendem. Enviado para trabalhar na construção do notório Caminho-de-Ferro da Morte, na Tailândia, Eric é testemunha de sofrimentos inimagináveis: homens forçados a penetrar na rocha e na selva com as suas mãos nuas, açoitados, esfomeados e vítimas das doenças tropicais. Para trazer alguma esperança, constrói um posto de rádio secreto. À medida que ia relatando as notícias das derrotas de Hitler ou dos avanços americanos no Pacífico, um milhar de homens desesperados e exaustos resolviam sobreviver um dia mais. Quando o posto é descoberto, Eric enfrenta tortura, interrogatórios e muito pior. Dificilmente sobrevivendo à Guerra, regressa a casa, como muitos outros, mas a um país incapaz de imaginar o que ele e os seus colegas foram obrigados a passar. Atormentado pelo rosto de um jovem oficial japonês, Eric fecha-se completamente ao mundo que o rodeia. Certo dia, anos mais tarde, já casado, Lomax tem que toma a decisão que o leva de regresso à Tailândia, para um final sensacional, inesperado e triunfante de uma extraordinária história verídica de heroísmo, humanidade e do poder redentor do amor. Um filme forte, chocante e comovente. Este blog aconselha!
Uma boa história nunca acaba #83
Veronika Decides to Die (2009). Drama. Romance. Baseado no livro de Paulo Coelho, o filme conta a história de Veronika, uma jovem de 28 anos que tenta o suicídio. Duas semanas depois desta decisão, Veronika acorda de um coma numa instituição mental e é-lhe dito que a sua tentativa frustrada de suicídio prejudicou irremediavelmente o seu coração e que lhe resta pouco tempo de vida… Com apenas uma semana para viver, de acordo com os médicos, Veronika decide viver a vida como nunca antes, e ser um efeito de mudança sobre aqueles ao seu redor. Relativamente ao livro, existem imensas diferenças, desde o emprego da jovem, o lugar onde mora, as razões que a levaram a escrever uma carta sobre o seu suicídio, e até mesmo no final de certas personagens, entre muitas outras... Contudo, para quem não tem tensões de ler o livro, o filme é um bom filme, dentro do género, em que cita algumas passagens do livro, na medida em que nos faz pensar no valor e na efemeridade da vida e sobretudo na forma como pretendemos viver. Este blog aconselha!
sexta-feira, 2 de maio de 2014
Página-a-página #130
«-Então, vamos à sua doença: cada ser humano é único, com as suas próprias qualidades, instintos, formas de prazer, busca da aventura. Mas a sociedade acaba por impor uma maneira colectiva de agir - e as pessoas não param para se perguntar porque têm de se comportar assim. Apenas aceitam, como os datilógrafos aceitaram o facto de que o qwerty era o melhor teclado possível. (...)
-Estou curada?
-Não. Você é uma pessoa diferente, querendo ser igual. E isto, no meu ponto de vista, é considerado uma doença grave.
-É grave ser diferente?
-É grave forçar-se a ser igual: provoca neuroses, psicoses, paranóias. É grave querer ser igual, porque isso é forçar a natureza, é ir contra as leis de Deus -que, em todos os bosques e florestas do mundo, não criou uma só folha igual a outra. »
-Estou curada?
-Não. Você é uma pessoa diferente, querendo ser igual. E isto, no meu ponto de vista, é considerado uma doença grave.
-É grave ser diferente?
-É grave forçar-se a ser igual: provoca neuroses, psicoses, paranóias. É grave querer ser igual, porque isso é forçar a natureza, é ir contra as leis de Deus -que, em todos os bosques e florestas do mundo, não criou uma só folha igual a outra. »
Veronika decide morrer
Paulo Coelho
Página-a-página #129
«Vou permitir-me fazer algumas loucuras, só para que as pessoas digam: ela saiu de Villete! Mas sei que a minha alma estará completa, porque a minha vida tem um sentido. Poderei olhar um pôr-do-sol e acreditar que Deus está por trás dele. Quando alguém me aborrecer muito, eu direi alguma barbaridade, e não me vou incomodar com o que pensam, já que todos dirão: ela saiu de Villete! Vou olhar os homens na rua, dentro dos seus olhos, sem vergonha de me sentir desejada. Mas, logo depois, passarei numa loja de produtos importados, comprarei os melhores vinhos que o meu dinheiro puder comprar, e farei o meu marido beber comigo, porque quero rir com ele - a quem tanto amo. Ele dir-me-á, rindo: estás louca! E eu responderei: claro, estive em Villete! E a loucura libertou-me. Agora, meu adorado marido, tens que pedir férias todos os anos, e levar-me a conhecer algumas montanhas perigosas, porque preciso de correr o risco de estar viva. As pessoas vão dizer: ela saiu de Villete, e está a enlouquecer o marido! E ele entenderá que as pessoas têm razão, e dará graças a Deus porque o nosso casamento está a começar agora, e nós somos loucos - como são loucos os que inventaram o amor.»
Veronika decide morrer
Paulo Coelho
Página-a-página #128
«-Estou com vontade de recomeçar a viver, Eduard. Cometendo os erros que sempre desejei e nunca tive coragem. Enfrentando o pânico que pode voltar a surgir, mas cuja presença apenas me dará cansaço, porque sei que não vou morrer ou desmaiar por causa dele. Posso arranjar novos amigos, ensiná-los a ser loucos, para que sejam sábios. Direi que não sigam o manual do bom comportamento, descubram as suas próprias vidas, desejos, aventuras e VIVAM! Citarei o Eclesiastes aos católicos, o Corão aos islâmicos, a Tora aos judeus, os textos de Aristóteles aos ateus. Nunca mais quero ser advogada, mas posso usar a minha experiência para dar conferências a homens e mulheres que conheceram a verdade desta existência, e cujos escritos podem ser resumidos numa única palavra:"Vivam". Se tu viveres, Deus viverá contigo. Se tu recusares a correr riscos, Ele retornará ao distante Céu, e será apenas um tema de especulação filosófica. Toda a gente sabe disso. Mas ninguém dá o primeiro passo. Talvez por medo de ser chamado de louco. »
Veronika decide morrer
Paulo Coelho
Página-a-página #127
«-Qual é o segundo pedido?
-Sair daqui, e morrer lá fora. Preciso de subir ao castelo de Lubljana, que sempre esteve ali, e nunca tive a curiosidade de vê-lo de perto. Preciso de conversar com a mulher que vende castanhas no Inverno, e flores na Primavera; quantas vezes nos cruzámos, e eu nunca lhe perguntei como passava? Quero andar na neve sem casaco, sentindo o frio extremo -eu, que sempre estive bem agasalhada, com medo de apanhar uma constipação. Enfim, Dr. Igor, eu preciso de apanhar chuva no rosto, sorrir para homens que me interessam, aceitar todos os cafés para os quais me convidem. Tenho que beijar a minha mãe, dizer que a amo, chorar no seu colo - sem vergonha de mostrar os meus sentimentos, porque eles sempre existiram, e eu escondi-o.
Talvez eu entre na igreja, olhe aquelas imagens que nunca me disseram nada, e elas acabem por me dizer alguma coisa. Se um homem interessante me convidar para uma discoteca, eu vou aceitar, e vou dançar a noite inteira, até cair exausta. Depois irei para a cama com ele - mas não da maneira como fui com os outros, ora tentando manter o controlo, ora fingindo coisas que não sentia. Quero entregar-me a um homem, à cidade, à vida e, finalmente, à morte.»
Veronika decide morrer
Paulo Coelho
Página-a-página #126
«-Os pensamentos vão voltar, mas evitem-nos. Vocês têm duas escolhas: dominar as vossas mentes, ou serem dominados por ela. Já viveram esta segunda alternativa - deixaram-se levar pelos medos, neuroses, insegurança - porque o homem tem tendência para a autodestruição.
Não confundam a loucura com a perda de controlo. Lembrem-se que na tradição sufi, o principal mestre - Nasrudin - é o que todos chamam de louco. E justamente porque a sua cidade o considera insano, Nasrudin tem a possibilidade de dizer o que pensa, e fazer o que lhe apetece. Assim era como os bobos da corte, na época medieval; podiam alertar o rei sobre todos os perigos de que os ministros não ousavam falar, porque temiam perder os seus cargos.
Assim deve ser convosco; mantenham-se loucos, mas comportem-se como pessoas normais. Corram o risco de ser diferentes - mas aprendam a fazê-lo sem chamar a atenção. Concentrem-se nesta flor, e deixem que o verdadeiro Eu se manifeste.
-O que é o verdadeiro Eu? - interrompeu Veronika. Talvez todos ali soubessem, mas isso não importava: ela devia-se preocupar menos com a história de incomodar os outros.
O homem pareceu surpreso com a interrupção, mas respondeu:
-É aquilo que você é, não o que fizeram de si.»
Veronika decide morrer
Paulo Coelho
Página-a-página #125
«Ninguém pode habituar-se a nada, Eduard. Vê só: eu estava a gostar de novo do Sol, das montanhas, dos problemas - estava mesmo a aceitar que a falta de sentido da vida não era culpa de ninguém, excepto minha. Queria de novo ver a praça de Lubljana, sentir ódio e amor, desespero e tédio, todas essas coisas simples e tolas que fazem parte do quotidiano, mas que dão gosto à existência. Se algum dia pudesse sair daqui, iria permitir-me ser louca, porque toda a gente é - e piores são aqueles que não sabem que são, porque repetem apenas o que os outros mandam.»
Veronika decide morrer
Paulo Coelho
Página-a-página #124
«- Criar uma realidade só para ele - repetiu Veronika. - O que é a realidade?
-É o que a maioria achou que devia ser. Não necessariamente o melhor, nem o mais lógico, mas o que se adaptou ao desejo colectivo. Está a ver o que tenho ao pescoço?
-Uma gravata.
-Muito bem. A sua resposta é lógica, coerente com uma pessoa absolutamente normal: uma gravata! Um louco, porém, diria que eu tenho ao pescoço um pano colorido, ridículo, inútil, amarrado de uma maneira complicada, que acaba por dificultar os movimentos da cabeça e por exigir um esforço maior para que o ar possa entrar no pulmões. Se eu me distrair quando estiver perto de um ventilador, posso morrer estrangulado por este pano. Se um louco me perguntar para que serve uma gravata, eu terei que responder: absolutamente para nada. Nem mesmo para enfeitar, porque hoje em dia ela tornou-se o símbolo da escravidão, poder, distanciamento. A única utilidade da gravata consiste em chegar a casa e tirá-la, dando a sensação de que estamos livre de alguma coisa que nem sabemos o que é. Mas a sensação de alívio justifica a existência da gravata? Não. Mesmo assim, se eu perguntar a um louco e a uma pessoa normal o que é isso, será considerado são aquele que responder: uma gravata. Não importa quem está certo - importa quem tem razão.»
Veronika decide morrer
Paulo Coelho
quinta-feira, 1 de maio de 2014
Página-a-página #123
«-Lembras-te da primeira pergunta que te fiz?
-"O que é a loucura?"
Exactamente, desta vez vou responder sem fábulas: a loucura é a incapacidade de comunicar as suas ideias. Como se estivesses num país estrangeiro - vês tudo, percebes o que se passa à tua volta, mas és incapaz de te explicar e de ser ajudada, porque não entendes a lingua que falam ali.
-Todos nós já sentimos isso.
-Todos nós, de uma forma ou de outra, somos loucos.»
Veronika decide morrer
Paulo Coelho
Maio #6
É novamente
fim de dia e eu sento-me no banco de jardim do miradouro mais alto da cidade.
Sento-me, recosto-me e respiro. Respiro. Respiro. Lenta e compassadamente. É
novamente fim de dia e a cidade sabe-o. Vai adormecendo com luz dourada nos
olhos e brisa fresca no corpo. É mulher em deleite sobre as areias da
rebentação, onde o mar é horizonte azul de céu e as dunas são braços das
lezírias deste país.
Embalada
pelos sons do músico que se embriaga com esta despedida solar, deambulo pelas
ruas do meu coração. A cada recanto há um poema feito mulher que vive ao som de
um fado, cada desaguar de águas é nascente de um mar aquecido pelo anoitecer da
Primavera. É novamente fim de dia e a frescura do Verão que aí vem é cais da
nova vida que almejo.
Também
eu, minha cidade, sou visitante estranha nas ruas que nasceram comigo.
Alexandra Oliveira Villar
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