quarta-feira, 27 de abril de 2016

TAG: Realmente devia...



1 - Um livro que realmente devia ter uma continuação.
Para mim um livro que devia ter uma continuação, das duas uma, ou o final não me convenceu, ou o livro em si foi tão bom que não deveria acabar. Para o primeiro caso escolho o livro "Crónicas de um pássaro de corda" de Haruki Murakami. O seu final, na minha opinião, não fez jus ao desenvolvimento do livro. No segundo caso talvez "O pintassilgo" de Donna Tartt. Não é que o livro seja pequeno, porque não é, mas depois de quase mil páginas parece que o livro sabe a pouco, queremos ler mais e mais e mais...

2 - Um livro ou uma série que realmente devia ter uma série spin off.
Hmmm, esta é mais complicada... Talvez a trilogia dos livros esquecidos de Carlos Ruiz Záfon. Adoraria explorar um pouco do mundo de cada uma das personagens dos três livros.

3 - Um autor que realmente devia escrever mais livros.
Para esta pergunta escolho Donna Tartt pois, apesar de escrever grandes calhamaços, ainda só publicou três livros.

4 - Uma personagem que realmente devia ter ficado com outra pessoa.
Assim de repente não me lembro de nenhuma personagem em especial para esta categoria mas como li há pouco tempo o "Sputnik meu amor" de Haruki Murakami, talvez a Sumire devesse ficar o personagem principal em vez de Miu mas é uma questão discutível :p

5 - Um livro que realmente devia ter terminado de forma diferente.
Como já disse na primeira questão talvez para não me repetir vou dizer um livro diferente mas do mesmo autor, Haruki Murakami, "O impiedoso país das maravilhas e o fim do mundo". Acho que os finais deste autor deixam sempre um pouco a desejar mas também digo isto por uma questão de gostar imenso do interior do livro, ou seja, gosto tanto de acompanhar o desenvolvimento do livro que o final nunca me satisfaz.

6 - Um livro ou uma série que realmente deveria ser adaptado ao cinema.
"O circo dos sonhos" de Erin Morgenstern. Acho que seria um filme lindíssimo, com cenários de sonho, até porque todo o livro é recheado de fantasia e sonho.

7 - Um livro ou uma série que realmente devia ter direito a uma série de TV.
Eu penso que qualquer clássico deveria ter pelo menos uma adaptação ao ecrã, seja de que tipo for. Por exemplo 'Guerra e Paz' de Tolstói foi adaptado recentemente à televisão e é uma forma de dar a conhecer ao público um pouco da obra do autor. Um livro do qual eu não conheço adaptação alguma será, por exemplo, "Mrs. Dalloway" de Virgínia Wolf.

8 - Um livro que realmente devia ser apenas de um ponto de vista.
Muito sinceramente não estou a ver um livro que se encaixe nesta categoria...

9 - Um livro que realmente devia ter um mudança de capa.
A forma como eu interpreto esta questão é indicar um livro que tenha uma capa feia que não faça jus ao livro e portanto eu vou, não dizer um livro mas um autor que é o Jostein Garder. Todos os livros que tenho deste autor, salvo um ou dois, têm capas tão feias que nem dá vontade de pegar nos livros, mas ultrapassando esse pormenor, o conteúdo é bastante agradável.

10 - Um livro ou uma série que realmente devia ter mantido as capas originais.
Estou a lembrar-me por exemplo dos livros do Nicholas Sparks que mudaram recentemente de editora e que portanto também mudaram o estilo das capas e sinceramente preferia as capas da editorial Presença. As capas da ASA são sobretudo com pessoas e isso tira um certo encanto ao livro. Pessoalmente não gosto de caras de pessoas nas capas.

11 - Uma série que realmente devia ter parado no primeiro livro.
Eu não sou muito uma pessoa de séries mas ao olhar para estante reparei num livro chamado "Os herdeiros da Lua de Joana" que é a continuação de "A lua de Joana" e acho que realmente não deveriam ter tentado continuar um livro que por si só já nos enche as medidas. Acho que foi uma continuação que não acrescentou nada à história.

E pronto desta vez trouxe-vos mais uma TAG que vi há pouco num canal do youtube de uma booktuber portuguesa. Espero que gostem! Sintam-se à vontade para responderem também à TAG, até à próxima!

domingo, 24 de abril de 2016

Divulgando #39


João Cajuda está entre os bloggers de viagens mais influentes do mundo. O ator, de 32 anos, ocupa o 15.º lugar na lista publicada pela plataforma Rise, que destaca a forma como mostra as suas experiências em Bali, Indonésia, China, Marrocos e Vietname na página Travel Blog by João Cajuda. Recorde-se que, João Cajuda, que conta com 406 mil seguidores nas redes sociais, organiza também visitas guiadas a Marrocos, para que as pessoas possam vivenciar os mesmos momentos que ele. Este blog gosta de divulgar o que é português e portanto aconselha a que se dê uma vista de olhos!


domingo, 17 de abril de 2016

Uma boa história nunca acaba #152


Everest (2015). Aventura. Biografia. Drama. Inspirado nos incríveis acontecimentos envoltos na tentativa de atingir o cume da montanha mais alta do mundo, este filme documenta a inspiradora jornada de duas expedições em que todos os limites foram desafiados por uma das mais violentas tempestades de neve que a humanidade assistiu. Enquanto as suas energias são postas à prova pelos elementos mais severos no planeta, os alpinistas vão enfrentar obstáculos quase impossíveis quando uma obsessão de vida se torna uma luta pela sobrevivência. Este filme já tinha sido referido aqui no blog por diversas vezes. Para quem ainda não viu, e para os amantes da aventura, aqui fica a dica!

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Página-a-página #241

«E, cada vez mais, dou comigo a concentrar-me nessa recusa de afastamento. Porque não me interessa o que digam ou quão frequentemente ou persuasivamente o digam: ninguém poderá alguma vez convencer-me de que a vida é um brinde maravilhoso, recompensador. Porque a verdade é esta: a vida é catástrofe. O facto básico da existência - de andarmos por aqui a tentar alimentar-nos e encontrar amigos e todas as outras coisas que fazemos -é a catástrofe. Esqueçam todo esse ridículo e tonto sentimentalismo do que toda a gente diz: o milagre de um recém-nascido, a alegria de uma só flor a desabrochar, Vida, És, demasiado Maravilhosa para Te Compreendermos, etc. Para mim - e persistirei em repeti-lo até morrer, até cair de borco sobre o meu mal-agradecido rosto niilista e estar demasiado fraco para o dizer: melhor nunca ter nascido do que nascer nesta cloaca. Abismo de camas de hospital, caixões, e corações partidos. Sem libertação, sem apelo, sem "transformações", para empregar uma palavra favorita de Xandra, sem caminho para a frente a não ser a idade e a perda, e sem saída a não ser a morte.»
O Pintassilgo
Donna Tartt

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Uma boa história nunca acaba #151


The lady in the van (2015). Biografia. Comédia. Drama. A senhora Shepherd vive na sua velha furgoneta há já vários anos. Com um passado atormentado e um génio rezingão e misantropo, ela acaba por estacionar a sua viatura no quintal do escritor e argumentista britânico Alan Bennett. Mas o que era suposto ser temporário vai prolongar-se durante os 15 anos seguintes e, apesar do temperamento difícil da velha senhora, os dois vão criando fortes laços emocionais que se transformam numa amizade profunda. Aos poucos, Bennett vai conhecendo o seu passado difícil e as razões que a levaram àquele lugar. Com realização de Nicholas Hytner segundo um argumento do próprio Alan Bennett, onde relata a sua experiência com a senhora Shepherd. Um filme peculiar que vale a pena dar uma oportunidade!

sábado, 9 de abril de 2016

Página-a-página #240

«Considerar a preocupação extrema que a droga me tinha poupado - uma hora e vinte minutos de  angustia! Frenético, a telefonar para a recepção! A imaginar polícias lá em baixo! -, inundou-me com uma serenidade médica  Preocupações! Que desperdício de tempo. Todos os livros sagrados tinham razão. Claramente a "preocupação" era o sinal de uma pessoa primitiva e espiritualmente não desenvolvida. Como era aquele verso de Yeats, sobre os sábios chineses pasmados? Todas as coisas caem e voltam a ser construídas. Olhos brilhantes antigos. Isso era sabedoria. As pessoas andavam a perorar e a chorar e a destruir coisas há séculos, e a lastimarem as suas insignificantes vidas pessoais, quando... de que valia isso tudo? Toda essa dor inútil? Olhai os lírios do campo. Porque é que as pessoas se preocupavam fosse com o que fosse? Não tínhamos nós, como seres conscientes, sido postos nesta terra para sermos felizes, no breve tempo que nos estrava atribuído?»
O Pintassilgo
Donna Tartt

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Uma boa história nunca acaba #150


The Jane Austen book club (2007). Comédia. Drama. Romance. Bernadette foi casada 6 vezes e hoje vive sozinha. Jocelyn jamais se casou e está em depressão devido à morte de Pridey, o seu cão. Sylvia é casada com Daniel e tem 3 filhos, mas a sua vida está abalada pelo facto de que o marido está apaixonado por outra mulher. Allegra, filha de Sylvia e Daniel, é uma jovem gay que decide voltar para casa para servir de suporte à mãe, devido aos problemas no seu casamento. Prudie é uma jovem professora de francês, que casou-se recentemente com Dean e teve de cancelar uma aguardada viagem para Paris devido a um problema nos negócios. Grigg é um técnico nerd, que gosta de participar em convenções de ficção científica. Um dia Bernadette sugere a criação do clube do livro "Sempre Austen o Tempo Todo", dedicado aos livros da escritora Jane Austen, alegando que ela é perfeita para curar os males do mundo. Jocelyn, Allegra, Prudie, Sylvia e Grigg aceitam fazer parte dele, o que faz com que todos os meses o grupo se reúna para discutir um dos livros da escritora. Este é sem dúvida um filme para quem gosta de Jane Austen mas mais do que isso, um filme para quem gosta de literatura! Faz-nos sonhar em ter o nosso próprio clube de leitura. Sem dúvida que este blog aconselha!

sábado, 2 de abril de 2016

Abril #29

          Hoje não te consigo escrever. O corpo não deixa muito mais do que permanecer no mesmo lugar onde estou. O mundo parou e as palavras esmoreceram. Não te consigo escrever. Mas é Primavera, e deixar o corpo no Inverno é congelar a alma no antigo. 

         Peguei, então, num retrato teu, gasto pelas minhas mãos nele, e levei-o ao coração. Inspirei toda a força que me resta para permanecer nesta nossa distância. Inspirei, profundamente. E numa folha em branco despejei toda a saudade que acumulei durante estes longos dias de frio. Não em palavras, que já não tas sei dizer. Não em palavras, que já tas mandei, pelo vento, vezes de mais. Desenhei-te. Simplesmente. Traço a traço, como se tocasse no teu rosto. Conheço toda a tua fisionomia, a minha mão já desliza em papel plano desenhando cada curva do teu rosto. Foi o melhor desenho que já vi, olhavas fixamente para mim, como eu queria. E olharás, infinitamente, nesta imagem que és tu e que resultou de mim. Estou feliz.

Alexandra Oliveira Villar