segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Página-a-página #154

«"Não terás vindo a Coimbra por estares condicionado psicologicamente pelo facto de eu me encontrar doente? Não estarei eu a comer esta papa por me achar condicionado fisiologicamente a ela ou por me revelar influenciado por um qualquer anúncio televisivo sem que disso tenha consciência? Hã?" Balançou as sobrancelhas para cima e para baixo, a enfatizar o que acabara de dizer. "Até que ponto somos mesmo livres? Não se estará a dar o caso de tomarmos decisões que parecem ser livres mas que, se formos a analisar a sua origem profunda, são condicionadas por um número se fim de factores, de cuja existência muitas vezes nem nos apercebemos? Será que a livre vontade não passa afinal de uma ilusão? Será que está tudo determinado, apesar de não termos consciência disso?"»
A fórmula de Deus
José Rodrigues dos Santos

Sem comentários:

Enviar um comentário