domingo, 27 de março de 2016
quinta-feira, 24 de março de 2016
sexta-feira, 18 de março de 2016
Divulgando #38
O Dream Careers foi fundada em fevereiro de 2000 e recebeu o seu programa de estágio inaugural na Universidade de Santa Clara. O primeiro programa foi composto por 73 estudantes universitários motivados das principais universidades em todo o país, todos olhando para melhorar a sua experiência académica com um estágio competitivo. Após o primeiro verão, a palavra começou a espalhar-se sobre o impacto de mudança de vida do programa, e a empresa continuou a expandir as suas localizações de programas para fomentar os sonhos de carreira dos estudantes que têm ambições para trabalhar nas principais cidades ao redor do mundo. Até à data, o Dream Career opera em 11 cidades de todo o mundo, tem uma rede de 5.000 empregadores que oferecem experiência de trabalho desafiador, e permitiu que 13.000 estudantes para ir atrás de suas carreiras de sonho.
quarta-feira, 16 de março de 2016
Uma boa história nunca acaba #149
The Illusionist (2006). Drama. Mistério. Romance. No auge do Império Austro-Húngaro, no inicio do século XX, um mundo materialista e ávido por progresso vê surgir em Viena a enigmática figura de Eisenheim, O Ilusionista. Os seus espetáculos são um sucesso. Ele encanta as platéias e até a Família Real reconhece o seu talento. Mas o Príncipe Leopold comparece a uma das suas apresentações para desmascará-lo e o caminho de Eisenheim cruza-se com o da bela Duquesa Sophie Von Teschen, futura noiva de Leopold. Enquanto a paixão secreta de Sophie e Eisenheim floresce, os ciúmes do príncipe chegam ao máximo, e ele convoca o Inspetor Uhl para expor o mágico. Com a musa nos seus braços, o público aos seus pés e Uhl no seu encalço, Eisenheim prepara a última cartada, a maior ilusão, o seu inesquecível “gran finale”. Este é sem dúvida um filme para quem gosta de magia e de uma boa história. Este blog recomenda!
segunda-feira, 14 de março de 2016
Página-a-página #239
«Volta e meia, ponho-me a pensar se serei a única pessoa que passa a vida a cometer o mesmo erro vezes sem conta, ou se isso é uma característica humana. Tenderemos todos para um só pecado capital?
A ser assim, o meu é o ciúme, e é tentador interpretar esta triste coerência como uma questão de carácter. Mas o meu pai, se ainda fosse vivo, sem dúvida que protestaria. Quem é que eu me achava? Hamlet? Alguma da investigação atual na área da psicologia sugere que o carácter desempenha um papel surpreendentemente pequeno no comportamento humano. Pelo contrário, revelado-nos muito sensíveis a alterações triviais nas circunstâncias que nos rodeiam. Nesse aspeto, somos como os cavalos, se bem que menos dotados.
Não estou convencida disso. Com o passar dos anos, cheguei à conclusão de que a maneira como as pessoas reagem a nós tem menos que ver com o que fizemos e mais com quem elas são. É claro que me convém pensar desse modo. Todos aqueles miúdos na escola que foram péssimos para mim? Deviam ser pessoas profundamente infelizes!
Os estudos não sustentam o meu ponto de vista. Haverá sempre mais estudos. Mudaremos de ideias e ver-se-á que afinal eu tinha razão, até mudarmos de novo de ideias e eu voltar a estar errada.»
A ser assim, o meu é o ciúme, e é tentador interpretar esta triste coerência como uma questão de carácter. Mas o meu pai, se ainda fosse vivo, sem dúvida que protestaria. Quem é que eu me achava? Hamlet? Alguma da investigação atual na área da psicologia sugere que o carácter desempenha um papel surpreendentemente pequeno no comportamento humano. Pelo contrário, revelado-nos muito sensíveis a alterações triviais nas circunstâncias que nos rodeiam. Nesse aspeto, somos como os cavalos, se bem que menos dotados.
Não estou convencida disso. Com o passar dos anos, cheguei à conclusão de que a maneira como as pessoas reagem a nós tem menos que ver com o que fizemos e mais com quem elas são. É claro que me convém pensar desse modo. Todos aqueles miúdos na escola que foram péssimos para mim? Deviam ser pessoas profundamente infelizes!
Os estudos não sustentam o meu ponto de vista. Haverá sempre mais estudos. Mudaremos de ideias e ver-se-á que afinal eu tinha razão, até mudarmos de novo de ideias e eu voltar a estar errada.»
Estamos todos completamente fora de nós
Karen Joy Fowler
domingo, 6 de março de 2016
sexta-feira, 4 de março de 2016
Página-a-página #238
«Para onde deve o homem dirigir o seu pensamento para não ser considerado louco?, eis o problema colocado pelo doutor Gomperz e sobre o qual agora Theodor Busbeck tenta reflectir.
Estava ali, não apenas um problema terapêutico, dirigido s loucos, mas um problema moral, básico, que dizia respeito a todos os homens.
Um homem moral em que assuntos deve pensar? E em que assuntos não deve pensar?
Claro que a Igreja já tenta responder a esta pergunta e muito antes dos médicos que vigiam os loucos, já os padres dirigiam a sua vigilância e o seu juízo aos pensamentos, e não apenas às acções humanas.
Não bastava responder moralmente à pergunta: que actos devo fazer? Faltava responder com a mesma consistência à questão: que pensamentos devo ter?
O doutor Gomperz possuía, assim, da loucura - embora não se atrevesse a expressa-lo - uma imagem associada à imoralidade: louco é o que age imoralmente e louco ainda é o que agindo moralmente pensa de modo imoral. A loucura seria, assim, uma pura falta de ética, momentânea, porventura, e portanto curável, ou definitiva, eterna, e portanto: incurável. (...)»
Estava ali, não apenas um problema terapêutico, dirigido s loucos, mas um problema moral, básico, que dizia respeito a todos os homens.
Um homem moral em que assuntos deve pensar? E em que assuntos não deve pensar?
Claro que a Igreja já tenta responder a esta pergunta e muito antes dos médicos que vigiam os loucos, já os padres dirigiam a sua vigilância e o seu juízo aos pensamentos, e não apenas às acções humanas.
Não bastava responder moralmente à pergunta: que actos devo fazer? Faltava responder com a mesma consistência à questão: que pensamentos devo ter?
O doutor Gomperz possuía, assim, da loucura - embora não se atrevesse a expressa-lo - uma imagem associada à imoralidade: louco é o que age imoralmente e louco ainda é o que agindo moralmente pensa de modo imoral. A loucura seria, assim, uma pura falta de ética, momentânea, porventura, e portanto curável, ou definitiva, eterna, e portanto: incurável. (...)»
Jerusalém
Gonçalo M. Tavares
quarta-feira, 2 de março de 2016
terça-feira, 1 de março de 2016
Março #28
Hoje foi o último dia deste pôr-do-sol. Ainda atravessei a ponte para roubar a luz e levá-la comigo. Queria apresentá-la ao mundo, mostrar ao mundo o meu refúgio da alma. Infrutiferamente. Voltei e fui sentar-me a ouvir a música da cidade. Contemplativamente. Beber de cada uma das palavras dos seus poetas. Os poetas são seus, e ela é a própria música. Dela guardo duas palavras que carregarei cada vez que a pronunciar: luz e música.
E a despedida não é nada quando de ti levo uma parte, agora, parte integrante de mim. Talvez um dia volte e, talvez, encontre as mesmas ruelas em que, sob o luar da noite, me perdia. Queira Deus que um dia ainda seja a mesma cidade. Com a mesma luz e com a mesma música.
Levo em mim um pouco da minha cidade. Espalhá-la-ei pelo mundo. E, em breve, o mundo será a minha cidade.
E a despedida não é nada quando de ti levo uma parte, agora, parte integrante de mim. Talvez um dia volte e, talvez, encontre as mesmas ruelas em que, sob o luar da noite, me perdia. Queira Deus que um dia ainda seja a mesma cidade. Com a mesma luz e com a mesma música.
Levo em mim um pouco da minha cidade. Espalhá-la-ei pelo mundo. E, em breve, o mundo será a minha cidade.
Alexandra Oliveira Villar
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