Já dormes. É tarde, o relógio já se cansou da nossa eternidade, lá fora habita uma bruma fria e tu já entraste num sono profundo. Deitada neste nosso ninho branco respiras pausadamente sem incerteza nenhuma. Lado a lado como profundos amantes. Lado a lado como na vida. Eu olho-te e fico a amar-te intensa e indefinidamente. Deliciosamente. És para mim o átomo que acerta, a poesia que canta, o sonho que desperta. Aqui ao teu lado, teço um futuro verde de sonhos a partir de um novelo de esperança. Que ele nunca acabe, que eu construirei sempre sonhos sobre sonhos.
E uma última coisa, avisa o destino de que vamos morrer juntos. Não haverá voltas nem contragolpes que façam com que seja de outra maneira! Asseguro-te que morreremos abraçados, tal como passámos toda a nossa vida. É assim e será assim porque nada neste mundo poderá fazer com que seja de outra forma.
Já agora, boa noite. Descansa.
Alexandra Oliveira Villar
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