Por dentro da janela vejo este horror. E escrevo, o mesmo horror. Não entendo o significado que as palavras ditas pela minha boca insana possam ter. Escrevo para não morrer sufocada, ciente de que de nada vale gastar palavras entre mudos. O meu corpo arde em febre, transpira em suores arrepiantes, a doença instalou-se. As palavras já deliram mais que o próprio pensamento. Talvez nunca tenha escrito tão lucidamente, afinal a doença tomou conta de mim. E ela dói-me, mas eu prefiro esta doença à doença do meu país!
Alexandra Oliveira Villar
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