domingo, 30 de novembro de 2014
Uma boa história nunca acaba #104
Bourne Identity (2002). Acção. Mistério. Thriller. Esta é a história de Jason Bourne, um rapaz encontrado moribundo na costa por um pescador, que o trata e acaba por lhe devolver a saúde. Ele regressa, no entanto, completamente amnésico e começa a tentar recuperar a memória a partir de um número de conta bancária que surge gravado nos seus lábios. Depressa descobre que está a ser perseguido e parte à procura da identidade de quem o persegue bem como da sua própria identidade. Eu decidi fazer um post sobre este filme, não por achar que é um bom filme mas porque acho que este é um daqueles filmes que começa com uma ideia muito boa mas que depois não passa de um filme com acção e nada mais. Acho que a ideia de um homem que acorda com amnésia no meio do nada, sem saber quem é, sem saber porque é que anda a ser perseguido e que tem de lidar com isso enquanto tenta descobrir a verdade, poderia ser muito mais bem concebida. E depois também há a parte do romance para dar um outro ar ao filme mas também não passa daí, pois o final é completamente previsível. E pronto, era isto que queria dizer. Bons filmes!
sábado, 29 de novembro de 2014
TOP 5: Canais literários
E é isto... Hoje vim dar-vos a conhecer cinco canais do youtube dedicados às leituras e a todo o que está relacionado com livros. As duas primeiras meninas não são portuguesas, a terceira e a quarta são e o último canal é um projecto conjunto do qual já falei aqui no blog. Espero ter dado a conhecer aos amantes da literatura um novo universo por explorar, já que os livros, principalmente hoje em dia, são muito mais do que simples folhas de papel. Divirtam-se!
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Página-a-página #161
«Não importaria que tivesse um passado triste. O passado não corre. O doutor pensava o contrário. Pensava que o passado tinha pernas longas e corria, sim, e muito, como um obstinado a marcar a sua presença, a sua herança. O passado é uma herança de que não se pode abdicar, disse o doutor. O velho Alfredo encolhia os ombros. Não podia desfazer a história do menino, não podia suprimir a desgraça da anã ou a sua atabalhoada forma de se compensar do amor. Ninguém poderia biografar o Camilo novamente. Novo era só o presente e o que se pensasse do futuro.»
O filho de mil homens
Valter Hugo Mãe
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Página-a-página #160
«Morreu-lhe o pai já a Isaura ia com trinta anos de idade. Um dia, morreu. Foi como se o silêncio se intensificasse. Não pesava mais na surdina das coisas. Elevou-se de si como fantasiara a Isaura tantas vezes, largado na temperatura do ar e mais nada. Quem morre, pensou ela, fica largado na temperatura. Quase sorriu como se sonhasse consigo mesma. Foi a enterrar, e disseram sobre ele as banalidades que eram coisa nenhuma e que já não importavam.Ela sentou-se ao pé da sua terra e lembrou-se de como ele lhe perguntava o que tinha, e de como ela dizia que era assim. Pensou que não sabia como era. Como se o confessasse de uma vez por todas ao pai, enfim, morto.»
O filho de mil homens
Valter Hugo Mãe
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
TOP 5: Blogues sobre culinária
sábado, 22 de novembro de 2014
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
Uma boa história nunca acaba #103
Transcendence (2014). Drama. Ficção científica. Mistério. O Dr. Will Caster (Johnny Depp) é o mais proeminente investigador na área da Inteligência Artificial, trabalhando para criar uma máquina consciente que combine a inteligência colectiva e tudo o que sabemos com a mais vasta gama de emoções humanas. As suas experiências altamente controversas tornaram-no famoso, mas também o fizeram o alvo preferencial de extremistas anti-tecnologias, que tudo farão para o parar. No entanto, nas suas tentativas de destruir Will, tornam-se inadvertidamente o catalisador do seu sucesso ser participantes na sua própria transcendência. Para a sua esposa e o seu melhor amigo, Max Waters, ambos companheiros de pesquisa, a questão não é se podem mas se devem fazê-lo. Os seus maiores medos tornam-se realidade à medida que a sede de conhecimento de Will evolui para uma aparente e omnipresente busca de poder, cujo desenlace não se pode prever. A única coisa que se torna terrivelmente clara é que pode não haver nenhuma maneira de o parar. É um bom filme, que nos faz questionar até que ponto o homem está disposto a abdicar da sua humanidade em prol se tornar numa super consciência dominada pela tecnologia. Só fiquei intrigada com o final que ainda está às voltas na minha cabeça. Aconselho!
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
sábado, 15 de novembro de 2014
«Philosophy is written in that great book which ever lies before our eyes - I mean the universe - but we cannot understand it if we do not first learn the language and grasp the symbols, in which it is written. This book is written in mathematical language... without which one wanders in vain through a dark labyrinth.»
Galileo Galilei
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
Uma boa história nunca acaba #102
The past is just a story we tell ourselves.
Her (2013). Drama. Romance. Ficção científica. Num futuro não muito distante, Theodore, o protagonista deste filme, compra um novo sistema operativo concebido para atender a todas as suas necessidades. Para sua surpresa, Theodore começa a desenvolver uma relação romântica com Samantha, nome que o seu sistema operativo auto-intitulou-se. Esta história de amor não convencional mistura ficção científica e romance num doce conto que explora a natureza do amor e as formas como a tecnologia nos isola e nos conecta. Aconselho! Mesmo!
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
TOP 5: Canais do youtube
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Uma boa história nunca acaba #101
The nightmare before Christmas (1993). Animação. Fantasia. Família. Jack é o rei das Abóboras na cidade de Haloween. Cansado de repetir sempre as mesmas coisas para celebrar a noite das bruxas, decide dar um passeio para pôr as ideias e ordem quando descobre a cidade do Natal. Fica tão impressionado com todo o conceito do Natal, a alegria, a música, a boa disposição das pessoas, que, de volta a casa, decide contar a toda a sua cidade aquilo que viu sem, no entanto, perceber realmente o que é o espírito do Natal. Assim, inquieto com a sua experiência, Jack decide apoderar-se de todo o seu entusiasmo e ser ele o Pai Natal e toda a sua cidade de Haloween fica encarregue dos preparativos da quadra. Este é um filme escrito por Tim Burton, que se adequa à noite das Bruxas, elaborado de uma forma original e genial. Aconselho!
terça-feira, 11 de novembro de 2014
Divulgando #24
Salman Amin Khan é um educador, empresário, ex-analista e fundador da Khan Academy, uma plataforma online, gratuita e sem fins lucrativos, que tem por objectivo a educação. Mais centrado na área das ciências, abrange áreas como a matemática, a informática, física, economia, entre outras. Além do site, também estão vários vídeos disponíveis no youtube, tanto no canal original como no canal português. Os links vou deixá-los aqui em baixo. Espero que seja útil, nem que seja para satisfazer algumas curiosidades em certas áreas.
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
domingo, 9 de novembro de 2014
«(...) Passamos a vida tão ao de leve, tão preocupados com coisas mundanas, com as contas, com os horários, com o que os outros pensam, com o que é que se tira para o jantar, com aquele berbicacho que temos de resolver até ao dia seguinte, que nos esquecemos do que realmente importa. De quem realmente importa. Só as tragédias nos espicaçam durante uns dias. Nesse período, prometemos a nós próprios que vamos ser pessoas melhores, que vamos preocupar-nos mais com os outros, que vamos telefonar mais vezes aos pais, aos avós, aos amigos, que vamos cumprir aquela promessa há tanto tempo adiada. Prometemos tudo isto, para logo a seguir sermos novamente engolidos pelo quotidiano e atirados a um mundo que não está feito para contemplações. Um mundo que não nos dá tempo para pensar, que não nos dá tempo para tudo o que um dia gostaríamos de fazer ou dizer. E, quando mais de 90% da população luta para sobreviver, é quase um insulto pedir que sejamos mais contemplativos e olhemos para as pequenas coisas poéticas que a vida nos oferece. A poesia não paga as contas, não cumpre os horários, não faz o jantar. Mas então acontece uma tragédia. Um acidente, uma doença, uma injustiça. Um segundo que nos rouba o chão, que nos traz o desejo doloroso de ter tido mais um dia, mais um abraço, mais uma palavra sussurrada ao ouvido. Nessa altura, o que nos resta senão as tais coisas poéticas? Quando não há um corpo, quando não há vida, matéria, substância, persistem as recordações e a culpa por todos os minutos que perdemos a pensar nas contas, nos horários e nos jantares. Porque, por muitas voltas que a vida dê, por muitas obrigações que o mundo nos imponha, são as pessoas que nos dão sentido. Pessoas que merecem ouvir todos os dias o quanto são importantes na nossa vida. Todos os dias. Não apenas nos dias das grandes alegrias. Ou das grandes tragédias.»
Anónimo
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
Divulgando #23
Na wookacontece, um site criado pela Wook destinado à cultura, encontramos uma agenda cultural, uma sala de leituras com excertos literários, uma magazine com entrevistas e uma área de autores nacionais e internacionais onde se pode consultar biografias e bibliografias, entre outras coisas.
Acho que faz falta mais sites deste género e portanto, sempre que possa, gosto de vos dar a conhecer iniciativas e coisas do género. Desfrutem! E viva a cultura!
Acho que faz falta mais sites deste género e portanto, sempre que possa, gosto de vos dar a conhecer iniciativas e coisas do género. Desfrutem! E viva a cultura!
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
terça-feira, 4 de novembro de 2014
Uma boa história nunca acaba #100
Boyhood (2014). Drama. Um filme que acompanha a infância de um rapaz, Mason, desde os seus 5 anos até aos 18, altura de entrar para a universidade. Ao longo do filme vamos acompanhando uma série de mudanças e controvérsias familiares, desde casamentos instáveis, primeiros amores, amores perdidos, tempos memoráveis, tempos assustadores, desgostos, deslumbres, entre tantas outras coisas. Mas os resultados são imprevisíveis, originando uma experiência profundamente pessoal, que nos molda à medida que nos revemos em diversos acontecimentos do filme. Mason, o menino sonhador que se confronta com a importante decisão da sua dedicada e lutadora mãe solteira, Olivia, que decide refazer a vida em Houston, no momento em que o pai, Mason Senior, há muito tempo ausente, retorna do Alasca para reentrar no seu mundo. Numa maré de pais e padrastos, raparigas, professores e patrões, perigos, anseios e paixões criativas, Mason emerge para seguir o seu caminho. Com muito boas críticas por parte da imprensa, este filme é sem dúvida, um filme a se ver, pelo menos uma vez na vida.
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
sábado, 1 de novembro de 2014
Novembro #12
É
um dia triste. Chove torrencialmente há bastantes horas. Suficientes para me
fazerem a mim chorar. Choro por ver chuva a cair, cai agora dos meus olhos.
Encosto o rosto ao vidro e entranho aquele frio que me inverna, a desolação
invade-me a cara, congela-me o pensamento.
As ruas são tempestades da minha falta de vontade, sopram contra folhas de inverno de poemas pouco afortunados. Talvez seja eu o poeta de tais palavras miseráveis. Talvez… Abandono o calor desta vida e entrego-me em alma a este ambiente tão pouco diferente da tempestade que me consome. O vento traz as gotas de água na minha direcção, e o que mais anseio é que me toquem a boca. Estou despida no meio da rua entregando o corpo à chuva. Estendo os braços e entro em rodopio com o vento. Rodo livremente, à chuva. Rodo e rodopio. Espero que a água que me crava o corpo hoje faça nascer vontade em mim.
Aguento. Resisto. Sozinha. Cerro o punho, mordo o lábio para fazer da dor, força. Resisto mais um dia. Aguento outro. Cerrando o punho e mordendo o lábio. São assim os meus dias, tristes como esta tempestade. E a minha alma está parecida a este dia…
As ruas são tempestades da minha falta de vontade, sopram contra folhas de inverno de poemas pouco afortunados. Talvez seja eu o poeta de tais palavras miseráveis. Talvez… Abandono o calor desta vida e entrego-me em alma a este ambiente tão pouco diferente da tempestade que me consome. O vento traz as gotas de água na minha direcção, e o que mais anseio é que me toquem a boca. Estou despida no meio da rua entregando o corpo à chuva. Estendo os braços e entro em rodopio com o vento. Rodo livremente, à chuva. Rodo e rodopio. Espero que a água que me crava o corpo hoje faça nascer vontade em mim.
Aguento. Resisto. Sozinha. Cerro o punho, mordo o lábio para fazer da dor, força. Resisto mais um dia. Aguento outro. Cerrando o punho e mordendo o lábio. São assim os meus dias, tristes como esta tempestade. E a minha alma está parecida a este dia…
Alexandra Oliveira Villar
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