quinta-feira, 30 de maio de 2013
Uma boa história nunca acaba #50
The truman show (1998). Comédia. Drama. Ficção cientifica.Truman é um homem cuja vida é vigiada por milhões de espectadores todos os dias, através de um sistema de câmaras de que a personagem principal não se apercebe. Quando começa a desconfiar do ambiente que o rodeia, Truman revolta-se e põe em causa todas as personagens e cenários que o manipulam constantemente para tornar a sua vida única e interessante para as audiências. Tudo é uma mentira na sua vida e a questões põe-se: será melhor viver naquele mundo perfeito ou enfrentar a realidade?... Um filme que tem um carácter filosófico por trás. Aconselho!
Página-a-página #42
«Quantas vezes, presa da superfície e do bruxedo, me sinto homem.Então convivo com alegria e existo com clareza. Sobrenado. E é-me agradável receber o ordenado e ir para casa.Sinto o tempo sem o ver, e agrada-me qualquer coisa orgânica. Se medito, não penso. Nesse dia gosto muito dos jardins.
Não sei que coisa estranha e pobre existe na substância íntima dos jardins citadinos que só posso sentir bem quando me não sinto bem a mim. Um jardim é um resumo da civilização - uma modificação anónima da Natureza. As plantas estão ali, mas há ruas - ruas. Crescem árvores, mas há bancos por baixo da sua sombra. No alinhamento virado para os quatro lados da cidade, ali só largo, os bancos são maiores e têm quase sempre uma abundância de pouca gente.
(...)
Estou liberto e perdido.
Sinto. Esfrio febre. Sou eu.»
67.
Livro do desassossego
Bernardo Soares
terça-feira, 28 de maio de 2013
Uma boa história nunca acaba #49
«Escuta. Consegues ouvi-la? A música. Consigo ouvi-la por todo o lado. No vento. No ar. Na luz. Rodeia-nos por toda a parte. Só tens de te abrir. Só tens de ouvir.»
Documentário: Até ao infinito e mais além
«O infinito é um tema que não compreenderemos completamente num período finito de tempo. Temos uma ideia do quão rico é esse reino mas não percebemos a mínima fracção dele...»
Um dos documentários mais intrigantes que já vi. Abre-nos a mente apenas para nos apercebermos do quão fechada ela é. Desconcertante. Enigmático. Infinito vs Finito. Tudo vs Nada vs Zero. Aconselho!
segunda-feira, 27 de maio de 2013
domingo, 26 de maio de 2013
Uma boa história nunca acaba #48
«Gandhi said that whatever you do in Life wiII be insignificant, but it's very important that you do it. I tend to agree with the first part. Michael, you know what day I'm staring at. By 22, Gandhi had three kids, Mozart, 30 symphonies, and Buddy HoIIy was dead. You once told me, "Our fingerprints don't fade from the lives we touch." Is that true for everybody? Or was that just poetic bullshit?»
Remember Me (2010).
terça-feira, 21 de maio de 2013
Uma boa história nunca acaba #47
«Há uma história sobre os deuses gregos. Estavam entediados e, por isso, criaram os seres humanos. Mas continuaram entediados. E, por isso, inventaram o amor. E, finalmente inventaram o riso de forma a aguentarem a experiência.»
sábado, 18 de maio de 2013
Página-a-página #41
«Tornamo-nos esfinges, ainda que falsas, até chegarmos ao ponto de já não sabermos quem somos. Porque, de resto, nós o que somos é esfinges falsas e não sabemos o que somos realmente. O único modo de estarmos de acordo com a vida, é estarmos em desacordo com nós próprios. O absurdo é divino.
Estabelecer teorias, pensando-as pacientemente e honestamente, só para depois agirmos contra elas - agirmos e justificar as nossas acções com teorias que as condenam. Talhar um caminho na vida, e em seguida agir contrariamente a seguir por esse caminho. Ter todos os gestos e todas as atitudes de qualquer coisa que nem somos nem pretendemos ser, nem pretendemos ser tomados como sendo.
Comprar livros para não os ler; ir a concertos nem para ouvir a música nem para ver quem lá está; dar longos passeios por estar farto de andar e ir passar dias no campo só porque o campo nos aborrece.»
23.
Absurdo
Livro do Desassossego
Bernardo Soares
quinta-feira, 16 de maio de 2013
#7
«Há algo nesta romã. Ainda não sei definir o que é mas os gregos ensinaram-nos que tudo pode ser tudo e que tudo pode ser transformado em tudo o resto. Se não virmos o padrão na arquitectura de Deus é porque não estamos a olhar suficientemente perto.»
quarta-feira, 15 de maio de 2013
Uma boa história nunca acaba #46
«Este mundo é o caminho para o outro, que é a morada sem pesar. Mas devemos ter juízo para fazer esta jornada sem errar. Partimos quando nascemos, andamos enquanto vivemos e chegamos ao tempo em que perecemos, e assim, quando morremos, descansamos.»
Uma boa história nunca acaba #45
A beautiful mind (2001). Drama. Biografia. Russel Crowe. John Forbes Nash, experimenta a notoriedade como cientista e a desgraça como louco. Um génio matemático, faz uma importante descoberta cedo na sua carreira que quase o leva à aclamação internacional. Mas Nash acaba por encontrar-se numa dura e dolorosa viagem de auto-descoberta. Após vários anos de luta, acaba por triunfar sobre a sua tragédia e, finalmente, no fim da sua vida, é reconhecido como prémio Nobel da Matemática. Um filme a não perder, mesmo!
#6
«-Eu paguei-te para posares Vanessa. Não para sondares as profundezas do meu carácter.
-Se esperas que eu fique nua para ti, eu espero ter a tua alma em troca. Por isso diz-me: Não há mais nada que tu temas?
- Só a imperfeição.»
terça-feira, 14 de maio de 2013
Uma boa história nunca acaba #44
«We live, we die, and the wheels on the bus round and round.»
Página-a-página #40
«Não sentia rancor por Kino. Ele tinha dito 'Eu sou um homem' e para Juana isso queria dizer certas coisas. Queria dizer que ele era meio louco e meio deus. Queria dizer que Kino seria capaz de exercer a sua força contra uma montanha e de mergulhar a sua força contra o mar, Juana, na sua alma de mulher, sabia que a montanha continuaria de pé enquanto o homem ficaria desfeito; que o mar continuaria a erguer-se tempestuoso, enquanto o homem se afogaria nele. Todavia, era isso que fazia dele um homem, meio louco e meio deus, e Juana necessitava de um homem. Embora a desorientassem estas diferenças entre homem e mulher, conhecia-as e aceitava-as, precisava delas. Evidentemente, ela segui-lo-ia, isso não estava em causa. Por vezes, as suas características de mulher, a razão, a cautela, o instinto de conservação, conseguiam penetrar na virilidade de Kino e salvá-los a todos.»
A Pérola
John Steinbeck
Uma boa história nunca acaba #43
«O único verdadeiro fracasso é o fracasso de não tentar. E a medida do êxito é como lidamos com a desilusão. Como tentamos lidar sempre. Viemos para aqui e tentámos. Cada um à sua maneira. Alguém nos pode acusar de sentirmos que somos velhos demais para mudar? De temer demasiado a desilusão para recomeçar tudo outra vez? Levanta-mo-nos de manhã. Fazemos o melhor que podemos. Nada mais importa. Mas também é verdade que quem não arrisca nada, não pode fazer nada, não tem nada. Do futuro só sabemos que será diferente. Mas o que receamos, talvez, é que seja sempre igual. Então, temos de celebrar as mudanças. Porque, como alguém disse, no fim, acaba sempre tudo bem. E se nem tudo está bem, confiem em mim, é porque ainda não chegou o fim.»
The best exotic Marigold Hotel (2011). Comédia. Drama.
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Génios de Inglaterra #2
«Tal como a geração anterior, foi a curiosidade que os guiou. Entre eles, foi mostrado que a ciência pode explorar o mundo e transformar o modo como entendemos o ar que respiramos e a água que bebemos. O mundo está cheio de maravilhas, porém o mais admirável e não menos maravilhosos é quando a ciência o vê»
Joseph Banks. James Watt. John Hunter. Edward Jenner. Henry Cavendish. Joseph Priestley.
domingo, 5 de maio de 2013
#5
-Leonardo di Ser Piero Da Vinci. Disseram-me que você é o filho bastardo do notário.
- E sou.
-Também me disseram que você causa sarilhos, é um arrogante, um impudente e totalmente incapaz de guardar as suas opiniões para si mesmo.
-Arrogância implica que se exagere no seu valor próprio. Eu não.
sábado, 4 de maio de 2013
Uma boa história nunca acaba #42
«Nobody cares. There's no heroes.
I was expected you'll be mine.»
I was expected you'll be mine.»
Local Color (2006). Drama. Baseado numa histórica verídica. John Talia, um talentoso, mas problemático, estudante de arte de 18 anos torna-se amigo de um idoso e alcoólico pintor genial de origem russa chamado Nicoli Seroff, que virou costas não só à arte, mas também à vida. Contudo, o interesse que o jovem vai demonstrar no seu trabalho vai devolver ao mestre a vontade de viver, e juntos, dão um ao outro um presente incalculável. O jovem aprende a ver o mundo através dos olhos do mestre. Enquanto o mestre aprende a ver a vida, outra vez, através dos olhos da inocência. É um filme bastante bom que merece ser visto apesar de não ter estreado em Portugal. O nome do filme foi traduzido como 'a arte de viver' e 'o mestre da vida'. Aconselho!
Uma boa história nunca acaba #41
«Primeiro, vocês devem descobrir qual é a essência do universo. Será que o universo é um lugar irracional, desorganizado e caótico?»
I.Q. (1994). Comédia. Romance. Tim Robbins. Meg Ryan. Walter Matthau. Eis um romance inteligente! Este filme conta a história de Catherine, matemática e sobrinha de Einstein e de Ed, um mecânico que se apaixonou por ela. É um filme que mistura humor com amor. Aconselha-se!
sexta-feira, 3 de maio de 2013
#4
- É uma máquina de voar. É modelada como as asas articuladas de um morcego.
-Que loucura! Se o homem tivesse sido feito para voar...
-...Ele teria nascido com asas, sim. Mas afirmações semelhantes poderiam ter sido feitas antes com a invenção da pólvora ou com qualquer outra invenção concebida desde o fogo. Eu acredito que o homem vai voar e baseio esta suposição no facto de que Deus abençoou-nos com mentes que são capazes de imaginar. Qualquer coisa que possa ser sonhada, pode eventualmente ser construída e qualquer um que diga o contrário é um idiota.
Uma boa história nunca acaba #40
Howl (2010). Biografia. Drama. Allen Ginsberg. São Francisco, 1957. Uma obra-prima é julgada e esse é um momento decisivo para a contra-cultura americana. O filme recria a vida de Allen Ginsberg e do poema Howl, explorando géneros e temas que ainda hoje são actuais: a definição de obscenidade, os limites da liberdade de expressão e a natureza da arte.
quinta-feira, 2 de maio de 2013
Génios de Inglaterra #1
Christopher Wren
Robert Hook
Robert Boyle
Isaac Newton
quarta-feira, 1 de maio de 2013
#3
-A história é uma mentira que tem sido aperfeiçoada como uma arma por pessoas que querem suprimir a verdade. Daqui a uns séculos, a tua própria história também será suprimida.
- Como é que você pode saber isso?
-Você já ouviu a frase 'O tempo é um rio'? O que a maioria não consegue entender é que o rio é circular. A morte de um homem abre a porta para o nascimento do seguinte.
(...)
- Eu sou o filho da terra e do céu estrelado. Estou com sede. Por favor dá-me algo para beber da Fonte da Memória.
#2
-O judeu, o cofre, o livro... Você fez isso tudo porque quer saber o que vem a seguir. Entre o animal que mata por dinheiro e o apelo a Deus pelo homem iluminado, está o conhecimento. Você apenas quer saber o que vem a seguir. Eu também quero.
-Não é isso que você quer. Você quer suprimir o conhecimento.
-Não, quero administrá-lo. Alguém precisa de o fazer, porque não um agente de Deus?
-Bem, se Deus existe, queria o seu conhecimento partilhado por todos. A verdade é que o progresso assusta-o a você e aos da sua laia.
-Nem por isso. Nós abraçamo-lo.
-A sério?
-Temos um impasse, então? Seria um infortúnio. É a sua ultima oportunidade de uma parceria amigável.
-Eu recuso a sua oferta. Eu juro lealdade a Lorenzo, o magnífico, ao seu tolo irmão e a toda a Florença. Você quer domar Florença mas eu prefiro-a selvagem , com todas as suas peculiaridades e criminosos.
#1
«-Oh meus Deus, eu odeio mesmo este lugar.
-O quê? Onde mais poderíamos praticar os nossos voos senão em Florença? Em qualquer outro lado tínhamos acabado de ser queimados numa fogueira pelos nossos esforços. Mas aqui? Aqui sou um livre pensador herético. Caos. Cultura. É tudo celebrado dentro destas quatro paredes. Florença só exige uma coisa do seu povo: estar verdadeiramente acordado!»
Documentário: O prazer da estatística
«Os homens acham que conduzem melhor que as mulheres mas têm em média o dobro dos acidentes mortais por km dirigido.»
«Vimos que as mulheres sentem-se mais amadas do que os homens mas também mais culpadas. Enquanto que os homens se sentem bem mais que as mulheres mas também mais sózinhos.»
«Então onde nos leva isto tudo? Geramos quantidades inimagináveis de dados sobre tudo o que pudermos pensar. Analizamos para revelar os padrões. E agora, não só os experts mas qualquer um de nós pode entender as histórias contidas nesses números. Em vez de nos perdermos por preconceito, com as estatísticas nas nossas mãos, os nossos olhos podem abrir-se para uma visão do mundo baseada em factos. Então, mais do que nunca, podemos tornar-nos autores do nosso próprio destino. E isso é bastante excitante não?»
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